O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse em entrevista à GloboNews que o governo vai anunciar, em outubro, medidas para geração de empregos.
“Até o final de outubro, vamos anunciar medidas para geração de emprego, para melhorar a qualificação da mão de obra, reduzir efeitos da rotatividade de emprego e gerar crédito para população de baixa renda”, disse Rogério Marinho.
Segundo ele, a desoneração da folha de pagamento faz parte desse conjunto de medidas.
“Nós vamos trabalhar num programa de desoneração, mas diferente do que foi feito no governo Dilma, porque, da maneira que foi feito, o recurso foi desperdiçado, as empresas usaram os recursos para pagar dívidas, dividendos e não geraram emprego”, afirmou Marinho.
O programa de qualificação de mão-de-obra será, segundo o secretário, “linkado com a necessidade do mercado de trabalho”. Ele citou como exemplo o setor de informática. “Existem hoje pelo menos 50 mil vagas não preenchidas por falta de qualificação de mão-de-obra”, disse.
Em relação à geração de crédito para população de baixa renda, o objetivo é permitir que essa faixa tenha acesso a recursos para gerar renda. “Estamos preocupados com o crédito para os 25% de brasileiros, 55 milhões de pessoas, que estão desbancarizados, fora do radar dos bancos. Vamos focar nesse segmento, porque o pobre precisa ser financiado no Brasil”, afirmou Rogério Marinho.
O secretário citou que sua equipe também está trabalhando em mais uma reforma da legislação trabalhista. Segundo Marinho, há quatro grupos de trabalho na sua secretaria cuidando do tema.
“Um debruçado sobre reforma sindical, outro sobre mercado de trabalho do futuro, outro debruçado sobre consolidação e modernização da legislação trabalhista e outro sobre a convergência das duas áreas: previdência e trabalhista”, explicou.
Estas medidas, segundo ele, serão apresentadas em breve ao Congresso Nacional. Rogério Marinho disse que a reforma trabalhista feita durante o governo Temer e negociada por ele teve efeitos positivos no mercado de trabalho, mas não foram suficientes para modernizar totalmente nossa legislação. “Por isso vamos propor essas novas mudanças”, justificou.
O secretário disse que as reformas feitas recentemente melhoraram a geração de empregos, mas não no ritmo para absorver todo contingente de desempregados no país.
Ele cita que, em 2012, quase no auge do pleno emprego no país, em torno de 40 milhões de brasileiros estavam no mercado formal de trabalho. Em 2017, o número caiu para 37 milhões e, hoje, está na casa de 39 milhões. “Melhorou, mas não o suficiente, por isso vamos adotar novas medidas”, afirmou.
G1
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