O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira (9) que a Casa pode avaliar se cria novas comissões para abrir espaço a partidos de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no comando de colegiados.
As comissões do Senado começaram a ser instaladas nesta semana, com as eleições dos presidentes. Até agora, a oposição não conseguiu emplacar o comando de nenhum colegiado.
Os presidentes eleitos nessas comissões são, majoritariamente, de partidos de centro e da base do governo Lula e que apoiaram a reeleição de Pacheco à presidência do Senado em fevereiro.
Na disputa, a oposição apoiou Rogério Marinho (PL-RN), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, que saiu derrotado.
Sem o comando de comissões, os senadores da oposição passaram a defender nos bastidores que o Senado crie mais colegiados para contemplar parlamentares do bloco, formado por PL, PP, Novo e Republicanos.
Questionado sobre o assunto nesta quinta, Pacheco respondeu: "Há esta pretensão, mas, por ora, não decidimos isso ainda. Vamos fazer essa avaliação".
A declaração foi dada após reunião com líderes partidários.
O presidente do Senado não detalhou quais e quantas seriam essas comissões. Ele também não informou se haveria custo adicional para os cofres públicos ou se os colegiados serão instituídos via desmembramento de outros e com remanejamento de cargos.
O que diz a oposição
Ao g1, um senador da oposição disse que a ideia do bloco é desmembrar três comissões já existentes e, assim, garantir que o grupo possa comandar os colegiados.
Segundo esse parlamentar, entre as comissões que poderiam ser desmembradas é a de Assuntos Sociais, cujo comando ficou com o PT.
"Nós somos o único parlamento no país em que a oposição não tem espaço em comissão. Se essas três comissões vierem, apazigua e fica tudo bem", declarou.
Um outro parlamentar do grupo afirmou ao g1 que, na avaliação dele, a oposição deveria ter quatro comissões, mas que o número de três "agrada".
"O caminho é este ou a gente vai judicializar. A oposição tem que ter comissão, não pode ficar sem. [...] Eu, quando era da base, dialogava com a oposição. Agora, a oposição não quer dialogar", declarou.
Comissões instaladas
Nesta quarta, os senadores definiram o comando de 13 comissões da Casa.
A presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal colegiado, ficou com o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) – que articulou a reeleição de Pacheco.
Outro ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL) comandará a Comissão de Relações Exteriores (CRE) pelos próximos dois anos. E Vanderlan Cardoso (PSD-GO) chefiará o colegiado de Assuntos Econômicos (CAE).
g1
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