O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta quarta-feira (11) maioria para manter decisões do ministro Alexandre de Moraes tomadas em decorrência do vandalismo promovido por bolsonaristas radicais em Brasília, entre elas o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal por 90 dias.
Também foi formada maioria para manter a determinação de prisão preventiva do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres e do ex-comandante da PM do DF Fábio Augusto Vieira.
O Supremo começou a julgar as decisões nesta quarta-feira (11), no plenário virtual. Além do próprio Moraes, votaram a favor das medidas os ministros:
Também estão sob análise do plenário medidas de investigação tomadas horas depois dos atos de violência de bolsonaristas radicais na Praça dos Três Poderes.
O julgamento deve terminar às 23h59, mas pode ser interrompido por pedidos de vista (mais tempo para análise) ou de destaque (julgamento presencial).
O plenário virtual é um formato de deliberação em que os ministros depositam os votos em uma página eletrônica da Corte.
Acampamentos e investigação
A decisão de Moraes foi tomada horas depois da destruição provocada por bolsonaristas radicais em Brasília. Na ocasião, o ministro ordenou:
Moraes também tomou medidas relacionadas à investigação, ou seja, para viabilizar a identificação e responsabilização dos criminosos. São elas:
Decisão sobre Torres e comandante da PF
Na decisão em que determinou a prisão do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres e do ex-comandante da Polícia Militar Fábio Augusto, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o comportamento dos dois coloca em risco a segurança de autoridades.
Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal ao determinar a prisão dos dois, como desdobramento dos atos terroristas que tomaram conta da Praça dos Três Poderes no último domingo (8).
"Os comportamentos de Anderson Gustavo Torres e Fábio Augusto Vieira são gravíssimos e podem colocar em risco, inclusive, a vida do presidente da República, dos deputados federais e senadores e dos ministros do Supremo Tribunal Federal", escreveu Moraes.
Moraes entendeu que houve omissão e conivência por parte de Torres e Augusto ao não atuarem para conter os terroristas e evitar a destruição nas sedes dos poderes da República.
Os fatos que indicam a omissão e conivência, segundo Moraes, são:
O ministro também entendeu que as prisões são necessárias para evitar a destruição de provas e entraves à investigação.
g1
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