Após a tentativa de explosão de uma bomba próximo ao Aeroporto de Brasília, as polícias legislativas do Senado e da Câmara decidiram reforçar a segurança do Congresso Nacional, restringindo o acesso a parlamentares, funcionários e colaboradores. As visitas aos prédios estão suspensas e mesmo as pessoas que possuem crachá de acesso livre precisam passar pelos detectores de metais.
Segundo a Secretaria de Polícia Legislativa, a solicitação foi feita como medida de precaução. A comunicação interna foi divulgada pela Intranet, rede de internet privada usada pelos funcionários do Congresso.
No Senado, nem mesmo as entregas de alimentos estão permitidas, sendo necessário que o solicitante receba a encomenda na área externa. Correntistas que precisarem acessar as agências bancárias terão a entrada negada caso não sejam do quadro de funcionários da Casa.
As medidas devem ocorrer pelo menos até 1º de janeiro de 2023, data da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para a cerimônia, o Congresso também contará com a atuação de policiais federais, militares e demais forças do Distrito Federal, que atuarão em toda a Esplanada.
Ataques
O reforço ocorre em meio à investigação de uma tentativa de ataque bomba, nas proximidades do Aeroporto de Brasília. O suspeito de montar os explosivos, George Washington de Oliveira Souza, teve a prisão preventiva decretada e está detido no Complexo Penitenciário da Papuda.
À Polícia Civil do DF, Georges afirmou que mora no Pará, mas estava em Brasília protestando contra o resultado das eleições na frente do Quartel General do Exército. No depoimento, o preso disse que não agiu sozinho: outro homem teria sido o responsável por deixar o material nas proximidades do aeroporto. Somente Georges foi preso até o momento.
Este não foi o primeiro ato violento de manifestantes contrários ao resultado das urnas. Em 12 de dezembro, um grupo tentou invadir a sede da Polícia Federal, ateou fogo e depedrou ônibus e carros na área central de Brasília. O ato foi organizado em protesto à prisão do cacique José Acácio Serere Xavante, um líder indígena que questiona as eleições.
R7
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