O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve desistir de criar um ministério específico para micro e pequena empresa.
Os temas de interesse do setor deverão ser tratados por uma secretaria na estrutura do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), que será recriado pelo novo governo.
A possibilidade de ter a pasta surgiu durante a campanha eleitoral, quando Lula tentava atrair o apoio do setor e da classe média. Um manifesto com o pedido de criação do ministério foi redigido pela campanha petista e assinado por empresários.
Após a vitória, com as discussões para definir o primeiro escalão do governo, Lula indicou a interlocutores que não terá a pasta neste primeiro momento. O presidente eleito definiu que iniciará o terceiro mandato com 37 ministérios, 14 a mais do que os atuais 23 do governo Jair Bolsonaro (PL).
Durante o governo Dilma Rousseff, a Secretaria da Micro e Pequena teve status de ministério entre 2013 e 2015. Atualmente, o Ministério da Economia tem na sua estrutura a Secretaria de Inovação e Micro e Pequenas Empresas.
Lula ainda não definiu o futuro titular do MDIC. O empresário Josué Guimarães recusou o convite. Umas das possibilidades avaliadas é deixar a pasta com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, conforme adiantou o blog da jornalista Ana Flor.
Lula espera que o ministério a ser recriado consiga reverter o processo de desindustrialização do Brasil e gerar empregos.
A expectativa na transição é que Lula anuncie nos próximos dias uma nova leva de ministros, diante da possibilidade de aprovar nesta quarta-feira (21) a PEC da Transição na Câmara dos Deputados.
g1
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