Parlamentares do PSL, partido do presidente, ouviram nesta semana que o governo Bolsonaro avalia não ser um "bom momento" a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que discute a autonomia da Polícia Federal (PF).
A PEC, que estava parada há 10 anos, foi desengavetada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na semana passada (veja no vídeo abaixo).
A CCJ reacendeu o debate no mesmo dia em que o presidente disse que poderia trocar o diretor-geral do órgão e que quem indicava era ele, não o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a quem a PF é subordinada.
Na avaliação do Planalto, ninguém é "contra" autonomia para a Polícia Federal investigar sem direcionamento, mas acham "sensível", neste momento, discutir autonomia administrativa e funcional para a categoria.
Temem, segundo o blog apurou, "falta de hierarquia" da corporação, que poderia a depender do texto aprovado ter brechas para não responder ao Ministério da Justiça e, em último caso, ao presidente da República.
Por isso, a ordem no governo é não trabalhar pela proposta – principalmente em meio ao que líderes chamam "tumulto" na relação da cúpula da PF com o presidente – embora o projeto seja uma reivindicação da bancada da bala, base aliada do presidente.
G1
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