O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, e a ministra da Corte, Cármen Lúcia, defenderam nesta sexta-feira (30) a democracia e as urnas eletrônicas em evento com a presença de observadores internacionais que acompanharão as eleições gerais de domingo.
O ciclo de palestras promovido pelo TSE começou nesta quinta-feira (29) e contou com a participação do presidente do tribunal, Alexandre de Moraes, e da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.
Atrás nas pesquisas de intenção de voto, o presidente Jair Bolsonaro, candidato do PL à reeleição, tem levantado suspeitas infundadas sobre as urnas e o sistema eletrônico de votação.
Em palestra a dois dias do primeiro turno das eleições, Lewandowski discursou sobre o tema "as urnas eletrônicas como instrumento da expressão da soberania popular".
Ele apresentou um histórico do sistema eletrônico de votação, listou as vantagens do sistema, como o sigilo e a inviolabilidade do voto, e exaltou a Justiça Eleitoral como garantidora dos direitos constitucionais relacionados às eleições.
“A máquina eletrônica de forma inequívoca revela a vontade do eleitor [...]. Facilidade de auditar antes, depois, durante o processo. As urnas são auditadas", frisou.
Lewandowski também destacou que o processo eletrônico promove a acessibilidade, uma vez que a Justiça Eleitoral disponibiliza seções específicas para pessoas com deficiência.
O vice-presidente do TSE ressaltou ainda a rapidez na obtenção dos resultados. O ministro afirmou que o resultado das eleições será divulgado em poucas horas no domingo, "o que pacifica o país”.
“Quero deixar uma mensagem de segurança, confiança, de que a Justiça Eleitoral, que é integrada por juízes, os servidores da justiça eleitoral, haverá de desempenhar o seu papel e garantir que a democracia impere em nosso país”, acrescentou o magistrado.
'Não é retórica'
A ministra do STF e do TSE, Cármen Lúcia, discursou em um painel sobre os "desafios da democracia no mundo e na América Latina”.
A ministra disse que a democracia não é apenas um regime político, mas uma “forma de viver” e ressaltou que é preciso lutar todos os dias pela sua manutenção.
“O ser humano aprendeu que isso não é retórica, discurso político, nem proposta política, isto é a vida de cada um de nós. Quando falamos que a democracia é necessária, não se trata de narrativa e nem discurso, estamos falando de que escolha temos na vida para viver”, afirmou.
Cármen Lúcia disse ainda que as pessoas aprenderam que são titulares de direitos fundamentais e que tentativas de tolher essa liberdade levaram a reações em todo o mundo.
“Neste sentido, portanto, é que hoje falamos tanto em democracia e qualquer comprometimento ou tentativa de botar abaixo as construções democráticas na sociedade e no estado são graves”, destacou a ministra.
g1
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