O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta segunda-feira (12) que, se for eleito, vai ampliar parcerias com a iniciativa privada a fim de criar oportunidades de estágio para jovens.
Ciro participou de um seminário sobre políticas públicas para empregabilidade de jovens. O encontro ocorreu em São Paulo, na sede de uma associação civil que promove a integração de estudantes com o mercado de trabalho.
Em entrevista a jornalistas, o pedetista destacou que o Brasil tem cerca de 14 milhões de jovens que não estudam nem trabalham, o que faz deles, na avaliação do candidato, uma "presa fácil" para o narcotráfico.
Segundo o candidato, a ideia é custear, com recursos públicos, um programa no qual o governo pagará aos estudantes bolsas de estágio em empresas privadas durante seis meses. Para Ciro, o período de experiência na empresa facilitará a efetivação do jovem, caso ele tenha bom desempenho.
O candidato do PDT não detalhou, no entanto, quanto custaria o programa que pretende implementar se eleito.
"A gente dá uma capacitação mas a gente resolve aquela gravíssima contradição do jovem. Ele não consegue o primeiro emprego porque não tem experiência, e não tem experiência porque não tem o primeiro emprego. Como é que a gente resolve isso? Nos seis primeiros meses ele vai pra uma empresa, com estágio remunerado pelo governo e as empresas apropriam ou não, se ele se der bem lá", afirmou Ciro.
O presidenciável pedetista também disse que, paralelamente, investirá em escolas de tempo integral no país, com maior enfoque no ensino profissionalizante.
"Na escola em tempo integral, são 8 a 10 horas de permanência da criança e do adolescente na escola. Cinco refeições, atividades extracurriculares, projeto de vida, capacitação para o trabalho e esse estágio remunerado nas empresas, o governo cofinancia", acrescentou.
Ele também disse que implementará o Programa Internet do Povo, para aumentar a conectividade nas comunidades de baixa renda. "Fazer uma massiva oferta de cursos profissionalizantes em área de informática, gamers e YouTube. Isso é instantâneo pode ser viabilizado em menos de seis meses", disse.
Críticas aos líderes das pesquisas
Na entrevista, Ciro Gomes voltou a atacar os adversários na corrida presidencial Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) – que lideram as pesquisas de intenção de voto.
Ele disse que Bolsonaro foi eleito em 2018 pelo descontentamento da população com os governos petistas, marcados por escândalos de corrupção.
"Ele não tinha uma obra. Bolsonaro era um deputado cretino, do baixo clero, que roubava dinheiro até da gasolina do seu gabinete. Fazia funcionários fantasmas e tal. Bolsonaro tinha uma proposta? Não tinha proposta nenhuma", afirmou.
Questionado sobre o uso por bolsonaristas de vídeos em que critica Lula e o PT, Ciro afirmou: "Que os petistas usem de munição aquilo que eu digo do Bolsonaro. Que é um desastre para o Brasil, que é um grande corrupto também, que é um facista, que é um genocida [...]. Porque o Lula é que criou o Bolsonaro e mantém o Bolsonaro cevado como fez em 2018. Agora os petistas querem transferir pros outros as responsabilidades que são deles. Eles são ou não são a organização criminosa mais corrupta da história moderna brasileira? São".
g1
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