O presidente Jair Bolsonaro abriu nesta terça-feira (27), no Palácio do Planalto, uma reunião com ministros e governadores de estados da Amazônia para discutir as queimadas na floresta.
O encontro não havia terminado até a última atualização desta reportagem. Estavam presentes os governadores de:
Esses estados compõem a chamada Amazônia Legal. Na sexta-feira (23), Bolsonaro assinou um decreto permitindo o emprego das Forças Armadas no combate ao fogo na região. Todos os nove estados para os quais valia o decreto aceitaram a ajuda federal. As Forças Armadas estão atuando na Amazônia desde o fim de semana.
O avanço das queimadas e os discursos de Bolsonaro sobre o tema, com afirmações sem provas do envolvimento de ONGs nos incêndios, resultaram em críticas de autoridades, celebridades e líderes estrangeiros, em especial, do presidente da França, Emmanuel Macron. Em resposta, Bolsonaro acusou o francês de ter interesses econômicos na floresta e de reavivar o comportamento colonialista.
A reunião desta terça foi um pedido dos governadores que afirmaram que, sozinhos, não dão conta de conter o fogo na floresta.
De acordo com a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), 2019 é o pior ano de queimadas na Amazônia brasileira desde 2010. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que o número de focos de queimadas, em agosto, superaram a média histórica para o mês
Nesta segunda (26), após um encontro de ministros com o presidente, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que a situação está "sob controle".
Ajuda financeira de outros países
Antes de começar a reunião, o governador do Pará, Hélder Barbalho, se disse favorável à ajuda financeira de outros países.
Na segunda, Macron anunciou que o G7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo), enviaria US$ 20 milhões para ações de combate a queimadas. No entanto, Bolsonaro afirmou que não aceitará, a não ser Macron retire "insultos" contra ele e falas sobre um possível status internacional da Amazônia.
Para Barbalho, o momento pede aceitação de toda ajuda que estiver disponível.
“Todo o esforço, toda a ajuda é fundamental neste momento. Eu defendo que tenhamos a capacidade de convencer aqueles que queiram nos ajudar de ampliar as ofertas financeiras partindo da princípios de que esses recursos estarão alimentando as estratégias do Brasil e dos estados da Amazônia”, disse Barbalho.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, também afirmou que toda ajuda financeira será "bem-vinda" e repetiu a importância de o poder público lançar ações que unam desenvolvimento econômico e preservação da floresta.
"Precisamos de recursos, precisamos avaliar todos os recursos que entram no Brasil e de que forma eles serão aplicados. Precisamos de apoio, de apoio internacional, de apoio institucional do governo federal e toda ajuda é bem-vinda", afirmou Lima.
G1
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