Lideranças do Congresso Nacional mandaram recados nesta terça-feira (6) para governadores que estavam em Brasília de que será preciso empenho deles, mas principalmente dos estados do Nordeste, para incluir estados e municípios numa proposta de emenda à Constituição (PEC) paralela da reforma da Previdência. O tema deve ser retomado no Senado.
A avaliação é que se tiver uma nova mobilização, há possibilidade de aprovação da PEC. Parlamentares ouvidos pelo blog reconhecem que no Senado há um consenso maior sobre a inclusão de estados e municípios. Mas que na Câmara dos Deputados, ainda há resistências que precisam ser superadas.
Na madrugada dessa terça, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno o texto-base da reforma da Previdência, por 370 votos a 124. Nesta quarta, os deputados analisarão oito destaques que visam retirar trechos da proposta de reforma da Previdência. Concluída a votação dos destaques, o que deve acontecer ainda nesta quarta, o texto já poderá ser enviado ao Senado.
Governadores que estiveram essa semana em conversa com parlamentares relataram preocupação com a dificuldade de aprovar uma reforma nas assembleias legislativas e nas câmaras de vereadores no caso de municípios com regimes próprios.
Esses governadores foram alertados que os estados e municípios foram excluídos por causa do discurso contrários dos deputados da bancada do Nordeste, que passaram a fazer críticas aos colegas que defendiam a reforma da Previdência.
"Agora a situação foi invertida. Com a reforma aprovada na Câmara, será preciso mudar a atitude dos governadores, principalmente da região Nordeste. Ou passam a articular pessoalmente a defesa da inclusão de estados e municípios, ou terão que enfrentar o debate nas assembleias na véspera de uma eleição municipal em 2020", advertiu um líder governista.
Cálculos da equipe econômica indicam que a exclusão de estados terá um impacto de R$ 350 bilhões no período de 10 anos.
G1
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