O Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (31), uma nova mascote, "Rarinha", para ações sobre doenças raras no Brasil.
A mascote, criada com o símbolo do teste do pezinho, terá a missão de disseminar informações sobre as cerca de 8 mil doenças raras conhecidas até hoje. No Brasil, 6 delas são diagnosticadas pelo teste do pezinho oferecido no SUS – número que será ampliado em 2022 (veja detalhes abaixo).
Participaram do lançamento o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, e o secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira.
"Precisamos de uma política pública que possa atender com sustentabilidade as pessoas raras. Em um país grande como o Brasil, precisamos nos empenhar na pesquisa para cuidar destas pessoas", disse o ministro.
A "Rarinha" fará parte do programa de Ações de Educomunicação em Doenças Raras da pasta.
"O Ministério da Saúde propor uma capacitação, centros de referência para identificar e tratar essas pessoas é um momento de muita satisfação. Isso vai ajudar muito na identificação, encaminhamento correto desses pacientes", afirmou Junqueira.
Considera-se doença rara, segundo o Ministério da Saúde, a que afeta até 65 pessoas a cada 100 mil indivíduos. O número exato de doenças raras não é conhecido; 80% delas ocorrem por fatores genéticos, de acordo com o ministério.
No Brasil, 13 milhões de pessoas vivem com algum tipo de doença rara. Uma delas é a esclerose lateral amiotrófica (ELA), que afetou o físico britânico Stephen Hawking, morto em 2018.
Teste do pezinho
Em maio, o governo federal sancionou uma lei que amplia a lista de doenças raras investigadas pelo teste do pezinho feito no SUS (Sistema Único de Saúde). A nova legislação passará a valer em maio do ano que vem.
O teste do pezinho é um exame rápido, feito entre o 3º e o 7º dia de vida do recém-nascido, em que gotinhas de sangue do calcanhar do bebê são coletadas. Ele é importante porque as doenças que consegue identificar não causam sintomas nem mostram sinais quando a criança nasce – mas podem causar sérios danos à saúde, inclusive no desenvolvimento neurológico.
O texto prevê que os novos diagnósticos do exame serão implementados em 5 etapas:
G1
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