Apesar de concordar com a pacificação entre os Poderes, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB – RS), disse que não vê o clima de disputa "se arrefecer". A declaração ocorreu na manhã desta segunda-feira (30), ao comentar sobre um movimento liderado pela Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) e reforçado pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) de pacificação entre os Poderes. Segundo Mourão, essas são “entidades da sociedade civil com representatividade e que consequentemente vão sempre fazer valer o pensamento delas”.
Neste fim de semana, a Fiesp produziu um texto tratando da harmonia entre os Poderes. A medida provocou reação. Representantes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, bancos públicos, cogitaram deixar a Febraban.
“As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada de tensões e hostilidades entre as autoridades públicas. O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer, a gerar empregos e assim possa reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população”, diz o manifesto.
O documento conclui: “mais do que nunca, o momento exige do Legislativo, do Executivo e do Judiciário aproximação e cooperação. Que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Este é o anseio da Nação brasileira”.
O R7 procurou a Fiesp para mais esclarecimentos, mas a entidade informou que não vai se pronunciar sobre o assunto no momento.
“No pensamento deles, há necessidade para que haja uma harmonia maior, vamos dizer uma comunhão de esforços de interesses entre aqueles que são encarregados de governar e legislar e o restante da nação”, afirmou o vice-presidente nesta segunda.
Sobre as manifestações marcadas para o dia 7 de setembro, Mourão destacou que todas os protestos que ocorreram em apoio ao governo e ao presidente da República foram, até agora, pacíficos. “Independentemente da quantidade de gente que for na rua, será mais uma manifestação de apoio e não buscando uma ruptura institucional”, reforçou.
R7
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