O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu em um pronunciamento em rede nacional nesta quarta-feira (28) que os brasileiros que já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid procurem os postos de saúde para completar, na data correta, a imunização contra o coronavírus.
"Dirijo-me em especial aos brasileiros que estão com a segunda dose em atraso. Peço que busquem os postos de vacinação para tomar a segunda dose, pois a sua imunização só estará completa após a conclusão do esquema vacinal", disse Queiroga.
O ministro também informou a previsão de que toda a população adulta receba a primeira dose até setembro, e a segunda, até dezembro.
A maior parte das vacinas já desenvolvidas e autorizadas em todo o mundo para o enfrentamento à Covid é administrada em duas doses – até agora, apenas a vacina da Janssen é de dose única.
Governos e cientistas de diversos países analisam a necessidade de aplicar doses extras, ao fim dessa primeira rodada de vacinação, como um "reforço" na proteção. Ainda não há uma conclusão sobre essa necessidade de uma terceira dose.
"Hoje, podemos nos orgulhar do sucesso da nossa campanha de vacinação. Cem milhões de brasileiros tomaram ao menos uma dose. [...] Com mais de 63% da população adulta vacinada com a primeira dose, registramos uma queda expressiva de 40% no número de casos e óbitos em apenas um mês", declarou Queiroga.
Os dados da vacinação
Mais de 98 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados pelo consórcio dos veículos de imprensa às 20h desta quarta-feira (28).
Em todos os estados e no Distrito Federal, a primeira dose foi aplicada em 98.202.468 pessoas, o equivalente a 46,38% da população.
No total, 39.493.648 pessoas, que correspondem a 18,65% da população, já receberam a segunda dose da vacina ou o imunizante em dose única.
O levantamento é resultado de uma parceria do consórcio de veículos de imprensa, formado por G1, "O Globo", "Extra", "O Estado de S.Paulo", "Folha de S.Paulo" e UOL. Os dados de vacinação passaram a ser acompanhados a partir de 21 de janeiro.
Íntegra
Confira abaixo a íntegra do pronunciamento lido pelo ministro Marcelo Queiroga:
Boa noite. Em março de 2020, o mundo foi surpreendido com a pandemia da Covid-19, uma emergência de saúde pública internacional. No Brasil, lamentavelmente registraram-se mais de 550 mil óbitos. Estendo aqui nossa solidariedade a todos que perderam entres queridos. Hoje, graças aos avanços da ciência, temos uma nova esperança: as vacinas.
A contenção da crise sanitária e a plena recuperação da atividade econômica dependem, em grande medida, do sucesso de nosso Programa Nacional de Imunização, o PNI. O Ministério da Saúde, conforme determinação do presidente Jair Messias Bolsonaro, promoveu estratégia diversificada de acesso às vacinas, que inclui parcerias para transferência de tecnologia e produção nacional, contratos bilaterais com farmacêuticas multinacionais e participação no mecanismo inovador da Covax Facilit. Totalizando mais de 600 milhões de doses encomendadas.
Destaco em especial, a celebração do contrato de transferência de tecnologia entre a Fiocruz e a AstraZeneca, que permitirá a produção completamente nacional das vacinas. Trata-se de um resultado tangível da aposta exitosa do presidente Jair Bolsonaro na promoção do acesso de todos os brasileiros à vacina contra a Covid-19 em linha com nossa política de promoção do complexo econômico industrial da saúde. Com a planta de Santa Cruz e investimentos da ordem de R$ 3,4 bilhões iremos quintuplicar nossa capacidade de produção de vacinas e imunobiológicos.
No enfrentamento da pandemia, tivemos por base o nosso Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o início, o governo federal vem fortalecendo o SUS com vistas a fazer frente aos desafios apresentados pela Covid-19, acrescidos aos demais agravos de saúde.
O Ministério da Saúde repassou aos estados e municípios recursos extras da ordem de R$ 5,7 bilhões. Além disso, investimos R$ 4,7 bilhões para custear mais de 25 mil leitos de unidade de terapia intensiva só no ano de 2021.
Enviamos mais de 35 milhões de textos para Covid-19, mais de 21 milhões de medicamentos do chamado kit entubação e mais de 17 ventiladores pulmonares.
Conforme avançamos, sabemos que os desafios se tornam ainda mais complexos com as possíveis mutações do novo coronavírus. Por isso, estruturamos sólida rede nacional de vigilância genômica com base na Fiocruz e intercâmbio com outras redes internacionais.
Hoje, podemos nos orgulhar do sucesso da nossa campanha de vacinação. 100 milhões de brasileiros tomaram ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19. O Brasil ocupa hoje a quarta posição no ranking mundial de pessoas que tomaram a primeira dose e o quinto lugar em relação às pessoas totalmente imunizadas. Com mais de 63% da população adulta vacinada com a primeira dose, registrando uma queda expressiva de 40% no número de casos e óbitos em apenas um mês.
Graças aos esforços do governo federal, e em parceria com estados e municípios, seguiremos avançando a vacinação em todo o país. Já são mais de 175 milhões de doses entregues a todos os estados e ao Distrito Federal. No mês de julho, distribuímos mais de 40 milhões e em agosto serão mais de 60 milhões.
Toda a população adulta no Brasil estará vacinada com a primeira dose até setembro e com a imunização completa até dezembro. Assim, esperamos um controle adequado do caráter pandêmico da Covid-19. Nosso único inimigo é o vírus. Por isso, é importante a união de todos. Seguiremos juntos com respeito as orientações das autoridades sanitárias e a vacinação de nossa população.
Por fim, dirijo-me em especial aos brasileiros que estão com a segunda dose em atraso. Peço que busquem os postos de vacinação para tomar a segunda dose. Pois a sua imunização só estará completa após a conclusão do esquema vacinal.
|Muito obrigado. Que Deus abençoe o nosso Brasil.
G1
Portal Santo André em Foco
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