O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (19) que aguarda somente a resposta à consulta que fez ao governo norte-americano para enviar ao Senado a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), um de seus cinco filhos, para embaixador nos Estados Unidos.
A indicação do filho para ocupar o posto é alvo de críticas nos meios político, jurídico e acadêmico. No Itamaraty, diplomatas disseram não se lembrar de um precedente como esse – a nomeação de um parente de primeiro grau de um presidente da República para uma embaixada.
"Falta a resposta dos EUA. Uma vez havendo a resposta, o Ernesto Araújo [ministro das Relações Exteriores] está fora do Brasil, a gente comunica o Senado Federal para que seja marcada a data da sabatina", afirmou, após participar de cerimônia comemorativa do Dia do Futebol no Ministério da Cidadania.
Confirmada a indicação, Eduardo Bolsonaro terá de se submeter a uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado e a duas votações – uma na comissão e outra no plenário.
Bolsonaro disse que "entra em campo para ganhar o jogo", ao ser questionado sobre a expectativa de aprovação de Eduardo no Senado.
"Acho que o Senado vai fazer uma boa sabatina e tenho certeza que seja aprovado. Agora, talvez haja o viés político por parte de alguns, eu espero que ele seja aprovado", disse.
Ele também disse não acreditar em recusa do governo de Donald Trump ao nome de Eduardo Bolsonaro, que se diz próximo da família do presidente norte-americano.
"Duvido. Acho muito difícil ter um negativo por parte dos EUA. E ele vai ser o nosso cartão de visitas. Sabe da tremenda responsabilidade que terá pela frente", declarou.
Para o presidente, o filho "vai ser vitrine".
"Acha que eu ia botar uma pessoa que não tivesse competência para exercer uma nobre missão, como essa? O meu filho está indo para trabalhar nos EUA, ele tem um relacionamento com vários países", afirmou.
G1
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