A agência americana reguladora de medicamentos, FDA, aprovou neste sábado (12) o envio de 3 milhões de doses da vacina da Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, para o Brasil . A previsão é a de que os imunizantes cheguem na terça-feira (15) no aeroporto de Guarulhos. As vacinas serão distribuídas para as capitais e tem validade até o dia 27 de junho.
Nesta quinta-feira (10) a Johnson & Johnson anunciou que a agência reguladora dos Estados Unidos aumentou de três para quatro meses e meio o prazo de validade da vacina contra Covid-19 da Janssen.
Como a esta vacina é aplicada em dose única, uma aplicação da vacina da Janssen equivale a duas vacinas das demais vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil (Pfizer, CoronaVac e AstraZeneca).
O que já se sabe sobre o imunizante da Janssen e o acordo feito com o Brasil:
Total de doses: O acordo entre a farmacêutica e o governo é de um total de 38 milhões de doses a serem entregues no segundo semestre
Capitais: Por causa da validade curta do lote de 3 milhões, o Ministério aconselha que os estados apliquem as vacinas do lote antecipado somente nas capitais e de maneira rápida
Desembarque: O carregamento deverá chegar pelo aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Custo: Apesar do prazo de validade muito próximo do vencimento, Ministério da Saúde informou que pagou o mesmo valor por cada dose, de US$ 10.
Na terça-feira (8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou durante o seu depoimento à CPI da Covid que o lote com as de doses da Janssen tem validade até 27 de junho, que consultou os conselhos de saúde antes de aceitar a remessa e que o país corria o risco de perder as vacinas se houvesse demora no posicionamento do FDA.
No dia 4 de junho, Queiroga anunciou que o governo conseguiu antecipar com a farmacêutica a entrega de 3 milhões - de 38 milhões de doses - da vacina para junho, mas não informou na ocasião que o prazo de validade expirará no final do mês.
Logística
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, estimou que o país terá de 10 a 14 dias para separar das doses, distribuí-las ao estados e aplicá-las nos centros de vacinação até 27 de junho.
Mesmo vacinando somente nas capitais, Carlos Lula afirma que o tempo previsto entre chegada e distribuição das doses para todo o país deve ser de, no máximo, 48 horas. Uma vez nos postos de vacinação, "é recomendado que as secretarias escolham um dia para aplicar somente as doses da Janssen", diz.
Porém, diante da demora de resposta do FDA, o Ministério da Saúde afirmou que não descarta a hipótese de o país ter menos do que 10 dias para fazer toda a logística e realizar a imunização. O prazo limite, segundo a pasta, para conseguir realizar toda essa operação é de 5 dias. Assim sendo, as vacinas não podem chegar após 21 de junho.
A vacina
O imunizante da Janssen tem eficácia de 66% contra casos moderados e graves e de 85% contra casos graves da Covid-19. Ele foi testado no Brasil durante a fase de estudos clínicos e recebeu a autorização de uso emergencial da Anvisa em 31 de março.
O Brasil firmou acordo com a Janssen de receber um total de 38 milhões de doses com entregas no 3º e no 4º trimestre de 2021. Ele foi assinado pelo Ministério da Saúde e pela empresa em 18 de março. A vacina requer a aplicação só de uma dose, ao contrário da maioria das vacinas aplicadas atualmente contra a Covid, que exigem duas doses.
A temperatura de armazenamento e transporte da vacina não oferece desafios à logística, uma vez que pode ser mantida entre 2ºC e 8ºC em por até três meses.
Diferente das vacinas CoronaVac e AstraZeneca/Oxford, o imunizante da Janssen não tem previsão de parceria para ser produzido no Brasil.
G1
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.