O ex-ministro da Saúde Nelson Teich afirmou em sua fala inicial nesta quarta-feira (5), na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, que deixou o governo ao perceber que não teria autonomia no cargo.
Ele declarou que foi pressionado a estender a utilização do medicamento cloroquina a pacientes com casos leves e moderados de covid-19. "Minha convicção pessoal era de que não havia evidência para liberá-lo, mas havia uma visão diferente por parte do presidente [Jair Bolsonaro]."
Ele afirmou que não autorizou nem a fabricação nem a distribuição da cloroquina.
Teich disse ainda que a rapidez da propagação do vírus levou o sistema de saúde brasileiro ao estresse máximo, o que, em sua visão, explica em parte o caos que se abateu no país durante a pandemia de covid-19.
O ex-titular da pasta afirmou que entre suas ações durante os 29 dias que ocupou o cargo de ministro trouxe ao país o estudo da vacina de Oxford e iniciou abordagens com a empresa Moderna, outra fabricante de imunizante.
Ele foi o segundo a ocupar a pasta no governo do presidente Jair Bolsonaro, em substituição a Luiz Henrique Mandetta, que prestou depoimento na terça-feira (4).
Teich assumiu em abril de 2020.
Nesta terça-feira (4), no primeiro dia de depoimentos, Mandetta, que entrou em atrito com o presidente no início da pandemia do novo coronavírus, ficou mais de sete horas respondendo perguntas dos senadores. O atraso adiou a participação de Teich, marcada inicialmente para as 14h de ontem.
R7
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