O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira (3), que as agências de fiscalização ambiental precisam se colocar “efetivamente em campo” para que seja possível reduzir o desmatamento na região.
O governo encerrou na sexta-feira (30) a Operação Verde Brasil 2, após o presidente Jair Bolsonaro não renovar a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que autorizou o emprego das Forças Armadas em ações de combate ao desmatamento e aos focos de incêndio na Amazônia.
Questionado se o governo conseguirá reduzir índices de desmatamento sem a operação militar, Mourão declarou que o planejamento prevê ajustar o trabalho todas as semanas e que as agências ambientais precisam se apresentar para o trabalho com “mais gente”.
“Atuando de acordo com o planejamento que nós estamos fazendo, semanalmente ajustando as condutas para as áreas que estão apresentando maior incidência de irregularidades, com as agências se colocando efetivamente em campo, não é aparecendo só dois agentes, três, tem que aparecer mais gente”, disse o vice.
O governo avaliou renovar a GLO, o que não aconteceu. Assim, a Operação Verde Brasil 2, que teve início em maio de 2020, foi substituída pelo Plano Amazônia 2021-2022, elaborado pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido por Mourão.
O plano prevê o trabalho integrado do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) com órgãos estaduais e municipais de fiscalização ambiental, com o apoio das Forças Armadas, se necessário, na parte logística. O governo vai concentrar a atuação em 11 municípios com maior incidência de crimes ambientais.
Segundo Mourão, nos primeiros meses de 2021 “pouca gente” dos órgãos ambientais apareceu nas operações. Ele disse que é preciso se despir das vaidades para combater crimes ambientais.
“Durante esse período aí agora no começo do ano pouca gente aparecendo nas operações conjuntas, porque não é simples. Operação interagências requer muito espírito de cooperação, requer que um aprenda a linguagem do outro, as vaidades têm que ser despidas. E lembrar que a gente está trabalhando pelo bem comum e o objetivo comum que é impedir que as ilegalidades aconteçam”, afirmou.
Há duas semanas, durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima, Bolsonaro reforçou a intenção de zerar o desmatamento ilegal até 2030 (seu mandato termina em dezembro de 2022).
O governo discute há meses formas de recompor o efetivo de órgãos como Ibama e ICMBio, inclusive com a possibilidade de contratações temporárias. No entanto, até o momento não houve definição.
O plano do Ministério do Meio Ambiente é ampliar o efetivo da Força Nacional de Segurança, composta por policiais militares dos estados, para destinar equipes que trabalharão em ações ambientais na Amazônia.
G1
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.