A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (10) um destaque do Partido Liberal (PL) que pretendia retirar as regras previstas atualmente na reforma da Previdência para professores do ensino público da União.
Logo após a votação do destaque, o primeiro a ser analisado pelos deputados, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, encerrou os trabalhos e convocou nova sessão para esta quinta-feira (11), para dar continuidade à votação dos destaques.
O destaque recebeu 265 votos favoráveis e 184 contrários; dois deputados se abstiveram da votação. Mesmo com maioria de votos pela mudança, eram necessários 308 votos favoráveis para aprovação do destaque. Ou seja, faltaram 43 votos.
A votação do destaque teve início logo depois da aprovação em primeiro turno – por 379 votos a 131 – do texto-base da reforma da Previdência. Ainda há diversos destaques na fila para serem analisados. Isso não significa que todos serão votados porque podem ser retirados a qualquer momento pelos autores ou sequer serem votados se propostas similares tiverem sido votadas antes.
Com a derrubada do destaque, foi mantido o texto aprovado na comissão especial. Pelo texto:
Para os servidores da rede pública, as regras são as mesmas, com a exigência de ao menos 10 anos de serviço público e 5 no cargo.
O destaque rejeitado pretendia mudar as regras previstas para professores ao propor para professores da rede pública de ensino a aposentadoria com 55 anos de idade e 30 de contribuição para homens, e com 50 anos de idade e 25 anos de contribuição para mulheres.
Encerramento
Questionado sobre o motivo para encerrar a sessão, Maia disse que as bancadas estavam desorganizadas, sem informações para votar os destaques. De acordo com ele, a medida é para evitar a aprovação de medidas que gerem impacto relevante na economia de recursos previstos com a reforma da Previdência.
"O plenário não tem informação de quais destaques estão votando. Como o mérito demorou muito para votar, desorganizou e desmobilizou os líderes, então as pessoas não estão entendendo direito o que significa, qual o impacto desse primeiro destaque, muito menos você vê dos outros", disse Maia.
"Então tem que parar, reunir os líderes para que cada um organize suas bancadas, para que a gente possa ter um resultado que é relevante para que a reforma possa avançar", completou.
Maia também disse que o "formato de o governo não ter uma organização maior" também contribuiu para a desorganização das informações.
O presidente da Câmara marcou nova sessão a partir das 9h desta quinta (11), quando a votação dos destaques será retomada.
Ele disse que acredita que a votação do texto em segundo turno deverá acontecer "até sexta à noite ou sábado de manhã”.
Além disso, o número de deputados em plenário caiu depois da votação do texto-base. Da votação principal, participaram 510 parlamentares. Na análise do destaque, 451 deputados registraram voto.
G1
Portal Santo André em Foco
Make sure you enter all the required information, indicated by an asterisk (*). HTML code is not allowed.