O presidente Jair Bolsonaro deu posse nesta quarta-feira (24) aos novos ministros da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e da Cidadania, João Roma (Republicanos-BA).
As nomeações dos dois novos ministros foram publicadas no "Diário Oficial da União" no último dia 12.
Um dos responsáveis pela transição de governo, em 2018, Onyx assume o terceiro ministério desde que Bolsonaro assumiu o Planalto. Antes de ocupar a Secretaria-Geral, ele estava na pasta Cidadania e, no começo do governo, chefiou a Casa Civil.
Para o lugar de Onyx na Cidadania, Bolsonaro convidou João Roma, deputado federal e ex-chefe de gabinete de ACM Neto, ex-prefeito de Salvador (BA) e atual presidente do DEM.
A nomeação do João Roma, no entanto, gerou polêmica na Câmara dos Deputados. Isso porque o DEM havia decidido apoiar Baleia Rossi (MDB-SP) para a presidência da Casa. Depois, o partido decidiu ficar neutro. O principal adversário de Baleia era Arthur Lira (PP-AL), apoiado por Bolsonaro e que se elegeu presidente da Câmara.
Após a nomeação de João Roma para o Ministério da Cidadania, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), que patrocinou a candidatura de Baleia Rossi, disse ao colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti que o episódio mostrava o "tamanho do caráter" de ACM Neto.
O presidente do DEM, por sua vez, se disse "surpreendido" com a nomeação de Roma e afirmou que considerava "lamentável" o deputado ter aceitado o convite para ser ministro.
João Roma
João Inácio Ribeiro Roma Neto (Republicanos-BA), de 48 anos, está no primeiro mandato como deputado federal. Formado em Direito, é ligado a ACM Neto.
À frente do Ministério da Cidadania, será responsável por programas como o Bolsa Família. Se o auxílio emergencial for retomado neste ano, a pasta também atuará na gestão do benefício.
Embora eleito pela Bahia, onde mora desde 2002, João Roma vem de uma família tradicional na política de Pernambuco. O avô, também conhecido como João Roma, foi secretário estadual de Segurança e de Justiça, além de deputado federal filiado à Arena – partido de sustentação da ditadura militar (1964-1985).
O novo ministro foi filiado ao PFL, que se tornou DEM, e já como chefe de gabinete de ACM Neto filiou-se ao Republicanos.
Onyx Lorenzoni
Na campanha eleitoral de 2018, o DEM apoiou a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), mas Onyx Lorenzoni aderiu à campanha bolsonarista. À época como presidente eleito, Bolsonaro chamou o parlamentar para atuar na transição de governo.
Deputado federal, Onyx tomou posse em 1º de janeiro de 2019 como chefe da Casa Civil, onde permaneceu até fevereiro de 2020, quando assumiu a Cidadania. Quando a mudança aconteceu, a Casa Civil passava por um processo de esvaziamento.
Isso porque Onyx viu Bolsonaro demitir assessores do ministro e transferir o programa de concessões para o Ministério da Economia.
A Secretaria-Geral é um dos quatro ministérios que funcionam no Palácio do Planalto. A pasta responde pela administração do palácio; ações de modernização do Estado; e por analisar a legalidade dos atos assinados pelo presidente, por meio da Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ).
Com o anúncio, Onyx volta ao chamado "núcleo palaciano" do governo Jair Bolsonaro, do qual também fazem parte:
Casa Civil: Walter Souza Braga Netto, general do Exército;
Gabinete de Segurança Institucional: Augusto Heleno, general do Exército;
Secretaria de Governo: Luiz Eduardo Ramos, general do Exército.
G1
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