O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer reduzir o número de candidaturas de centro e centro-direita em 2022 e polarizar com a esquerda. Por isso, relatam assessores, ele está cada dia mais empenhado em trazer para perto partidos do chamado Centrão, com negociações com cargos, emendas e abandono de discurso crítico sobre a chamada “velha política”.
Para 2022, o principal temor de Bolsonaro é a disputa com uma candidatura forte de centro ou centro-direita. O Planalto quer travar o caminho dos partidos tradicionais para que nomes como Sergio Moro e Luciano Huck, cotados nos bastidores, não se filiem a legendas com estrutura forte e tampouco consigam montar um arco importante de alianças.
Dentro do Centrão, por ora, o PP – de Ciro Nogueira, senador pelo Piauí, e do favorito para a disputa da presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) – já declarou apoio a Bolsonaro para 2022. O Planalto conta com PTB, do ex-deputado Roberto Jefferson e o PL do também ex-deputado Valdemar da Costa Neto. E ainda quer rachar o DEM e o PSD – esses últimos parceiros cobiçados também pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro e pré-candidato à disputa de 2022.
A estratégia do governo é rachar o centro.
Para dirigentes desse campo, Bolsonaro não vai conseguir sair candidato repetindo o discurso de outsider – mas argumentam que a negociação para 2022 vai depender de vários fatores: economia e resultado do combate à pandemia, por exemplo.
G1
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