Novembro 27, 2024

Rodrigo Pacheco e Simone Tebet convergem em 90% das principais votações do Senado desde 2019

Adversários na disputa pela presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Simone Tebet (MDB-MS) adotaram o mesmo posicionamento em 90% das principais votações nominais realizadas nos anos de 2019 e 2020.

A eleição para a escolha do sucessor de Davi Alcolumbre (DEM-AP) acontecerá nesta segunda-feira (1º), a partir das 14h. Apoiado por Alcolumbre, pelo Palácio do Planalto e por 10 partidos, Pacheco figura como favorito.

Simone Tebet foi abandonada pelo MDB, mas espera contar com o apoio de correligionários, além de senadores do Podemos, do PSB, do Cidadania, do PSDB, e de dissidentes dentro de siglas já apalavradas com Pacheco.

Mesma posição em 27 de 30 propostas
Levantamento feito pelo G1 mostra que, nos últimos dois anos, Pacheco e Simone votaram da mesma maneira em 27 das 30 principais propostas analisadas pelo Senado, em votação nominal, quando há discriminação.

Os dois senadores foram favoráveis, por exemplo, ao pagamento e à ampliação do auxílio emergencial para trabalhadores que ficaram sem renda devido à crise gerada pela pandemia da Covid-19.

Eles também votaram pela derrubada do veto presidencial que impediu reajustes a servidores públicos até o fim de 2021. O veto acabou mantido na Câmara.

Os dois candidatos também foram favoráveis a:

  • tornar imprescritíveis os crimes de estupro e feminicídio;
  • limitar as taxas de juros aplicadas aos cartões de crédito;
  • obrigar o uso de máscaras em locais públicos na pandemia;
  • aumentar a validade da Carteira Nacional de Habilitação para 10 anos.

Rodrigo Pacheco e Simone Tebet ajudaram a aprovar a reforma da Previdência em 2019 e a derrubar o veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos em 2020.

Eles também votaram “sim” na proposta de autonomia para o Banco Central, que agora tramita na Câmara; e no texto que tornou o Fundeb permanente.

Em relação à pauta armamentista, muito defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, os adversários foram favoráveis à redução da idade mínima para a posse de arma em área rural. Entretanto, votaram pela derrubada do decreto de Bolsonaro que flexibilizava regras para o porte de armas.

Contrariaram o governo também na votação do projeto das "fake news". O Palácio do Planalto se posicionou contra a proposta, alegando que o texto fere a liberdade de expressão.

Defensores da medida dizem que ela combaterá a produção e a disseminação organizada de conteúdos falsos. Tanto Pacheco quanto Simone votaram a favor do projeto, que agora está na Câmara.

Divergências
Simone Tebet foi contra, no primeiro turno de votação, à PEC que adiou as eleições municipais de 2020 em razão da pandemia da Covid-19. Pacheco foi favorável ao adiamento, de outubro para novembro do ano passado, que ocorreu.

A parlamentar também votou contra uma emenda, em um projeto sobre relações jurídicas privadas, que previa maior repasse para motoristas de aplicativo na pandemia. Pacheco foi a favor da mudança, que não vingou.

Na votação que transferiu o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o Banco Central, Pacheco votou a favor. Simone se ausentou da análise.

O Coaf apontou indícios de regularidades em movimentações financeiras do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

G1
Portal Santo André em Foco

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