O provável anúncio do nome da senadora Simone Tebet como candidata do partido para disputar a presidência do Senado será uma reação do MDB à decisão do Palácio do Planalto de apoiar a candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para suceder Davi Alcolumbre.
Segundo líderes da cúpula do MDB, a senadora Simone Tebet não teria o apoio majoritário para ser a candidata da legenda. Mas sem a isenção do governo no processo eleitoral do Senado e com o PT decidindo apoiar o senador mineiro, ela é o nome com maior viabilidade para atrair os apoios do PSDB e Podemos.
Uma aliança entre MDB, PSDB e Podemos já daria a Simone Tebet cerca de 31 votos, a soma destas bancadas no Senado.
O nome de Eduardo Braga, líder do partido na Casa, teria chances se contasse com o apoio do PT e sem a interferência do Planalto em favor de Pacheco, influência que já levou o senador mineiro a obter o apoio de PSD, Pros e Republicanos - esse último, o partido do filho do presidente, Flavio Bolsonaro.
Líderes do MDB lembram que Bolsonaro foi aconselhado a não interferir no processo eleitoral do Senado. Com a candidatura de Tebet, em vez de ter um aliado à frente do Senado, como agora com Davi Alcolumbre, o presidente corre o risco de ter no comando da Casa alguém não alinhada ao Palácio do Planalto.
A provável escolha de Simone Tebet como candidata do MDB à presidência do Senado foi antecipada pelo blog da Ana Flor e o anúncio oficial deve acontecer nesta terça-feira (12) à tarde, logo depois de a legenda anunciar a filiação de dois novos senadores, Rose de Freitas e Veneziano, fazendo a bancada passar de 13 para 15 parlamentares. O que fortalece a posição do MDB na disputa.
G1
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