O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (23) que "não é fácil formar um novo partido”, mas que mantém o objetivo de criar o Aliança pelo Brasil, projeto divulgado desde sua saída do PSL, em 2019.
Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que considera a possibilidade de filiar-se a outro partido, conforme antecipou o R7 Planalto. Essa decisão pode sair em março do próximo ano.
"Não é fácil formar um novo partido hoje em dia. A gente está tentando. Se a gente não conseguir, em março a gente vai escolher uma nova opção", afirmou.
As dificuldades de criar o partido e e os resultados das eleições municipais deste ano fazem com que o presidente e seus conselheiros mais próximos mantenham abertas as portas de outras legendas, que poderiam abrigar o projeto político dos Bolsonaros para 2022.
Um dos articuladores do grupo explica que conforme o tempo passa, mais o "Plano B vai virando Plano A". São, portanto, reais as chances de a família migrar para um partido já existente para as eleições de 2022, quando o presidente deve disputar a reeleição.
Estão na corrida para atrair o presidente, o Patriotas, o PTB, e o PSL, que já falaram com interlocutores de Jair Bolsonaro. Também há chances para Republicanos, PRTB e até o Democracia Cristã, que corre por fora.
Bolsonaro não está filiado a nenhum partido desde novembro de 2019, quando se desfiliou do PSL. Seus filhos Carlos, reeleito vereador no Rio, e Flávio, senador, se filiaram ao Republicanos. Eduardo é o único que permanece no PSL. Caso deixasse o partido, perderia o mandato de deputado federal.
Apesar do rompimento do ano passado, o clima com Luciano Bivar, presidente do PSL, está ameno, segundos fontes. O impasse de uma refiliação, no entanto, é a permanência no partido de antigos aliados que se transformaram em adversários políticos, como a deputada Joice Hasselmann e o senador Major Olímpio.
O clima entre esses adversários e a família Bolsonaro segue sendo o "problema" para uma reconciliação com o PSL. As divergências até hoje estão no "mesmo ritmo de outubro de 2019, quando houve o racha" garante quem acompanha as negociações de perto.
R7
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