O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite uma ação movida por parlamentares da oposição e que pede a suspensão da tramitação do projeto enviado pelo governo ao Congresso que trata da reforma administrativa.
Maia defendeu a rejeição por questão processual, uma vez que a proposta, que trata de mudanças nas regras do funcionalismo público, ainda não teve andamento na Casa (leia mais abaixo).
Os parlamentares que assinam a ação justificam o pedido ao Supremo alegando que o governo não não enviou ao Congresso estudos e análise sobre o impacto orçamentário a ser produzido pela reforma, o que torna irregular a tramitação da matéria.
Segundo Maia, enquanto a Câmara não retomar as deliberações presenciais, a proposta de emenda à Constituição não deve começar a tramitar.
“Em razão das circunstâncias excepcionais impostas ao funcionamento desta Casa pela pandemia, a tramitação de emendas constitucionais que não contam com amplo apoio do plenário resta sobremaneira dificultada”, escreveu.
O deputado afirmou que as comissões permanentes, entre elas a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, ainda não foram instaladas.
“Regimentalmente, enquanto a Câmara não retomar as deliberações presenciais, sequer é possível constituir a comissão especial que futuramente seria responsável pela apreciação do mérito da proposta de emenda à Constituição impugnada [administrativa] .Diante desse conjunto de circunstâncias a Presidência da Câmara dos Deputados não chegou sequer a distribuir a matéria”, disse.
Como se trata de uma proposta que muda a Constituição, a tramitação da reforma administrativa na Câmara começa na Comissão de Constituição e Justiça, que analisa sua admissibilidade; depois, segue para uma comissão especial, que analisa o conteúdo do texto. Por fim, passa por duas votações no plenário da Casa.
O que prevê a proposta
A reforma administrativa do governo Bolsonaro foi enviada ao Congresso no começo de setembro. A proposta prevê mudanças nas regras para o funcionalismo público, como:
O texto enviado pelo governo modifica somente as regras para os futuros servidores dos três poderes, assim como estados e municípios.
G1
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