O presidente Jair Bolsonaro negou, nesta quinta-feira (12/11), que tenha comemorado a interrupção dos estudos da vacina CoronaVac. A vacina da farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan teve os estudos parados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na terça-feira (10/11) após uma reação adversa. Os estudos já foram autorizados a voltar. Na ocasião, o presidente respondeu um comentário nas redes sociais em que dize que essa era "mais uma que Jair Bolsonaro ganha". A morte do voluntário está sendo investigada como suicídio. "A vacina parece que tem alguma coisa esquisita. Não vou falar para não dizer que tô politizando. Disseram que eu comemorei. Eu colei uma matéria de terceiros. E grande parte da imprensa disse que eu comemorei a morte de uma pessoa", justificou o presidente.
Bolsonaro também disse que, caso a vacina seja aprovada e autorizada pela Anvisa, ela será comprada pelo governo brasileiro. "Quem vai decidir sobre a vacina é o Ministério da Saúde e a Anvisa. Havendo a vacina comprovada, a gente vai fazer uma compra. Mas não é comprar no preço que o caboclo quer. A gente vai querer uma planilha de custos e eu quero saber se o país usou a vacina lá no seu país. E, no que depender de mim, não será obrigatória", destacou.Em outubro, o presidente disse que não compraria a "vacina chinesa" logo depois do Ministério da Saúde anunciar a compra de 46 milhões de doses.
Sobre o efeito adverso que fez a Anvisa suspender temporariamente o estudo da vacina, Bolsonaro disse que tudo tem que ser investigado, não havendo comprovação deve-se seguir com a pesquisa. "Quando a pessoa comete suicídio, tem um histórico de depressão. Vão apurar a causa do suicídio. Tudo pode ser. Esclarece e volta a pesquisar", afirmou.
Correio Braziliense
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