Uma das principais negociadoras do governo brasileiro nesta reta final, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, classificou a negociação como uma "dura batalha, mas agora encerrada" ao falar sobre o fechamento nesta sexta-feira (28) do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul. Ela diz que o acordo vai dar um impulso não só à agricultura como também à indústria e setor de serviços, e que ele estará implementado totalmente num prazo de dois anos.
Em conversa com o blog, a ministra disse que, no seu setor, alguns produtos serão muito beneficiados com maior abertura do mercado europeu. Ela citou especificamente três: etanol, carne de frango e açúcar. "Serão muitos avanços no meu setor", afirmou a ministra, lembrando que ele era o que enfrentava os maiores entraves nas negociações diante da política de forte subsídios ao setor agrícola da parte de alguns países europeus, como a França.
A partir de agora, destacou Tereza Cristina, os países dos dois blocos terão de adotar as medidas necessárias para implementação do acordo. "Assinar e traduzir para todos os países, aprovar em todos os Congressos e Parlamentos, para tudo isso uma previsão de dois anos para implementação, mas a parte mais difícil está encerrada e superada", afirmou a ministra da Agricultura, que está em Bruxelas (Bélgica), onde ocorreu o fechamento do acordo.
O acordo entre os dois blocos, segundo a ministra, tem uma grande importância dentro da política de comércio exterior do governo Bolsonaro, focado numa maior abertura da economia brasileira ao mercado mundial. Com a entrada em vigor do acordo, produtos brasileiros terão acesso preferencial a 25% do mercado mundial. Hoje, este percentual está em 8%.
G1
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