O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse nesta quinta-feira (22) que os estados têm recursos e poderão comprar a vacina chinesa contra o novo coronavírus, desde que o medicamento seja testado e certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na terça-feira (20), Ministério da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina do Instituto Butantan produzida em parceria com a empresa chinesa Sinovac.
Com isso, o governo federal deveria editar uma nova Medida Provisória para disponibilizar R$ 2,6 bilhões até janeiro. No entanto, nesta quarta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro afirmou nas redes sociais que o Brasil não irá comprar "a vacina da China".
A afirmação foi feita em resposta a uma seguidora na rede social que pediu a exoneração do Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
"Bom dia presidente. Exonera Pazuelo urgente, ele está sendo cabo eleitoral do Doria. Ministro traíra", escreveu a seguidora, referindo-se a João Doria (PSDB), governador do estado de São Paulo.
"Todo mundo pode comprar. O estado pode comprar, os estados né, eles tem recurso também. Desde que a Anvisa certifique. A Anvisa só vai certificar aquilo que está comprovadamente testado”, afirmou o vice-presidente nesta quarta.
Mourão disse que a politização do assunto “é um problema” e afirmou que conversando “a gente se entende”. Perguntado sobre o risco de judicialização do tema, o vice-presidente pediu “calma”.
“Acho que está muita especulação em cima disso. Ontem a posição correta o Ministério da Saúde já colocou. O diretor da Anvisa também já colocou. Qualquer vacina que esteja comprovadamente testada e certificada pela Anvisa estará a disposição para ser adquirido”, declarou.
G1
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