O presidente Jair Bolsonaro vai reunir nesta terça-feira (29) sua equipe mais próxima de ministros e líderes do governo no Congresso para decidir se mantém as propostas de financiamento do Renda Cidadã ou se já pede novas alternativas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para criar o novo programa social.
Segundo assessores presidenciais, houve uma falha na divulgação da proposta, anunciando apenas o que foi classificado de "notícia ruim" do relatório do senador Marcio Bittar (MDB-AC) - as polêmicas fontes de financiamento do Renda Cidadã - deixando apenas para esta terça o anúncio das "notícias positivas", que seriam os gatilhos para garantir a manutenção do teto dos gastos públicos.
"Houve um erro de estratégia. Agora, não sabemos se tem conserto. O presidente Bolsonaro vai reunir sua equipe e líderes hoje, possivelmente à tarde, para decidir se insiste na proposta ou se já pede ao Paulo Guedes novas alternativas", disse ao blog um assessor presidencial.
A reação ao uso de recursos de precatórios, que são dívidas judiciais da União, e de verbas do Fundeb para bancar o Renda Cidadão foi muito negativa. Principalmente no Congresso e no mercado financeiro, onde o dólar subiu e a Bolsa caiu. As propostas foram classificadas de "calote" e "uma forma de burlar o teto dos gastos públicos".
Nesta terça-feira pela manhã, o presidente já postou mensagens em suas redes sociais, defendendo sua proposta de criar o Renda Cidadã. Segundo ele, seu objetivo não é eleitoral, mas de proteger uma parcela da população que ficou ainda mais em situação de vulnerabilidade com a crise do coronavírus.
Antes mesmo de tomar uma decidir se insiste nas propostas anunciadas ontem ou busca outras, Bolsonaro já fez um apelo para que o Congresso busque uma solução para o financiamento do Renda Cidadã. "Estamos abertos a sugestões juntamente com os líderes partidários", afirmou o presidente.
Essa, por sinal, pode ser a estratégia, segundo assessores presidenciais. Deixar que os líderes do governo negociem com os aliados do governo no Congresso a melhor fórmula para bancar o Renda Cidadã, que deve ter um orçamento na casa de R$ 65 bilhões. Deste total, R$ 34 bilhões já estão previstos nos gastos do Bolsa Família para 2021.
G1
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