O governo federal informou nesta quarta-feira (26) que vai "desativar" o cargo de porta-voz da Presidência da República.
O cargo é ocupado atualmente pelo general da reserva do Exército Otávio Rêgo Barros, escolhido para o posto pelo presidente Jair Bolsonaro, em janeiro do ano passado.
Segundo o governo, a decisão foi tomada em razão da edição da medida provisória 980/20, que recriou o Ministério das Comunicações.
Durante o ano de 2019, Rêgo Barros costumava conceder entrevistas diárias à imprensa, no Palácio do Planalto, para detalhar a agenda de Bolsonaro; informar viagens do presidente; explicar posicionamentos do governo sobre determinados temas; e responder a questionamentos da imprensa sobre declarações de Bolsonaro.
Em 2020, contudo, o chamado "briefing diário" não aconteceu mais, e Rêgo Barros parou de falar diariamente com a imprensa.
Antes de escolher Rêgo Barros para a função de porta-voz, Bolsonaro foi aconselhado por auxiliares a ter alguém na função em razão de recuos do próprio presidente em temas principalmente relacionados à política econômica.
Durante o primeiro ano do governo Bolsonaro, a interlocução do governo com a imprensa ficou a cargo da Secretaria Especial de Comunicação, vinculada à Secretaria de Governo. Atualmente, a estrutura da pasta foi incorporada pelo recém-recriado Ministério das Comunicações.
Porta-voz do presidente
Os antecessores de Bolsonaro também contaram com auxiliares na função de porta-voz.
Michel Temer, por exemplo, escolheu Alexandre Parola, diplomata de carreira que também exerceu a função no governo Fernando Henrique Cardoso.
Duas pessoas exerceram o cargo no governo Dilma Rousseff: Thomas Traumann (jornalista) e Carlos Villanova (diplomata). No governo Luiz Inácio Lula da Silva, o jornalista André Singer exerceu a função.
Íntegra
Leia a íntegra da nota:
Com a edição da MP 980/20, que criou o Ministério das Comunicações, toda a estrutura do Governo relativa à Comunicação foi reunida em uma mesma pasta.
Em 14 de agosto, o Decreto nº 10.462/20 estabeleceu a estrutura regimental do Ministério das Comunicações e selou a nova concentração de competências e quadro de cargos e funções no que se refere à comunicação de Governo.
Diante de toda reestruturação da Comunicação do Governo, o cargo de porta-voz da Presidência da República será desativado em novo decreto a ser publicado nas próximas semanas.
Ascom/SeGov e Ascom/MCom
G1
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