Antes de vetar a exclusão de categorias do congelamento salarial dos servidores públicos, o presidente Jair Bolsonaro quer tirar dos governadores o compromisso de que concordam com a sua decisão e não vão trabalhar para que seu veto seja derrubado no Congresso Nacional.
Autor do pedido de veto ao presidente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse a interlocutores compreender a posição do chefe. Segundo o ministro, Bolsonaro está decidido a vetar a exclusão de categorias do congelamento salarial, mas não pode tomar a medida e depois vê-la cair no Legislativo. O desgaste ficaria só com o presidente, diz ele.
Em contrapartida ao socorro a Estados e municípios, o Congresso incluiu no projeto que prevê R$ 60 bilhões para governadores e prefeitos o congelamento salarial dos servidores públicos até o final do próximo ano. Só que, durante a tramitação da proposta, deputados e senadores excluíram várias categorias da proibição de reajuste salarial.
Com isso, a economia inicial do congelamento salarial dos servidores acabou caindo de R$ 130 bilhões para R$ 43 bilhões. Agora, com o veto, o Ministério da Economia espera restabelecer a previsão original de economia da proposta original. Só que, segundo assessores, se os governadores não derem aval ao veto, o presidente pode desistir de vetar a exclusão de categorias do congelamento.
Para tirar esse compromisso dos governadores, o presidente Jair Bolsonaro pretende se reunir com eles nesta semana por videoconferência. A ideia do encontro foi do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, feita na semana passada quando Bolsonaro e Maia voltaram a se encontrar depois de um período de embates e críticas públicas.
G1
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