A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), tentou há cerca de duas semanas articular uma conversa entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Braga Neto (Casa Civil). Mas, consultado na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro não permitiu o encontro. "Ainda não é a hora", argumentou.
Tereza Cristina voltou ao assunto. Agora, Bolsonaro autorizou a conversa pessoal. No domingo (3), o ministro Ramos conversou por telefone com Rodrigo Maia e os dois ficaram de acertar o encontro, que terá também a participação de Braga Neto.
Falta definir o local do encontro, isto é, quem vai se deslocar para encontrar a outra pessoa. Até este estremecimento, as conversas aconteciam sempre na residência oficial da Câmara dos Deputados.
Ao ver quase 30 pedidos de impeachment encaminhados à Câmara, Bolsonaro segue com os discursos fortes para apoiadores mas, nos bastidores, dá início a diálogo com políticos que criticava. Primeiro, foi com líderes do "Centrão", que passaram a fazer indicações para cargos no governo em troca de apoio a Bolsonaro.
Nesta segunda-feira, também recebe no Palácio da Alvorada o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e Ronaldo Caiado, governador de Goiás, ambos do DEM.
Caiado foi um apoiador de primeira hora de Bolsonaro, mas os dois se desentenderam quando o presidente passou a criticar as medidas de isolamento social.
Médico, Caiado criticou o presidente, defendeu as medidas que, à época, eram determinadas pelo então ministro da Saúde, Luís Henrique Mandetta. “De saúde, o Bolsonaro não entende nada”, disse. O governo reagiu dizendo que Caiado, assim como João Dória e Wilson Witzel, estava de olho na eleição de 2022.
G1
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