O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira (7) que a crise do coronavírus é uma oportunidade para "construir pontes" entre o Parlamento e o Executivo.
Segundo ele, o enfrentamento à doença é a única coisa que une os dois poderes neste momento e deveria ser aproveitado para melhorar o diálogo entre as partes.
“Só tem uma coisa que nos une hoje: é o enfrentamento ao coronavírus. Não tem mais nada que una o Parlamento ao governo. Então, vamos cuidar disso. E essa oportunidade pode, como já disse, construir as pontes para que a gente possa retomar o diálogo e as agendas que serão fundamentais a partir do segundo semestre. Acho que isso é o importante”, afirmou Maia em uma “live” sobre saúde fiscal promovida por uma corretora de investimentos.
Ele ponderou que “a relação do presidente [Jair Bolsonaro] com o Parlamento não é boa”, mas que a aprovação na Câmara da proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o chamado “Orçamento paralelo”, voltado para as ações contra o coronavírus, mostrou que “os conflitos com o presidente neste momento são irrelevantes”.
No entanto, Maia ressaltou que uma melhora no diálogo com o Palácio do Planalto irá facilitar na discussão e na adoção de medidas de recuperação da economia quando o auge da doença passar.
“Neste momento, nós ainda não conseguimos recomeçar essa reconstrução, mas, da minha parte, seria bom se nós pudéssemos, lá no segundo semestre, ter uma relação diferente, porque a agenda do segundo semestre certamente será diferente à do primeiro semestre. Vamos precisar olhar uma segunda onda [da crise], como é que o Brasil se recupera da recessão”, disse.
De acordo com ele, a preocupação do poder público agora deve estar em prover a sociedade, tanto trabalhadores quanto empresas, dos meios para conseguir atravessar a crise.
“Todos temos que focar no principal. O principal é como que a gente passa essa primeira onda, como é que a gente garante estrutura para salvar as vidas, como garante os empregos e capital de giro para as empresas e renda para os mais miseráveis. Acho que, garantindo isso para os próximos meses, a partir da segunda onda, nós vamos fazer outro debate”, disse.
Na avaliação dele, não é hora de pensar nas divergências entre os poderes. “O importante agora é a união de esforços, com o mesmo objetivo, passar com menos danos nesse momento difícil que o Brasil vive. Olhar menos para as nossas divergências”, afirmou.
G1
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