O Governo da Paraíba apresentou uma proposta de incorporação de benefícios para os servidores da segurança estadual durante uma audiência de conciliação que aconteceu na manhã desta sexta-feira (28), no Tribunal de Justiça da Paraíba, em João Pessoa. Sem acordo, um novo encontro foi marcado para a próxima sexta-feira (6) para que a categoria tenha mais tempo para analisar a proposta e apresentar uma contraproposta.
A reunião faz parte das negociações estabelecidas com as Polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros que pleiteiam reajuste salarial para agentes de segurança e outras demandas de servidores ativos, inativos e pensionistas. Os profissionais decretaram estado de “greve branca” desde o dia 5 de fevereiro.
Durante a audiência, o secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social, Jean Nunes, explicou que o Governo ofereceu a incorporação de 30% da bolsa desempenho, em 36 parcelas, e mais 5% na bolsa dos policiais ativos para julho deste ano.
As entidades questionaram o que foi proposto alegando que não houve mudança no que foi apresentado pelo Governo do Estado na última sexta-feira (21). Conforme a assessoria de comunicação do Fórum das Entidades das Polícias Civil, Militar e Bombeiros, a categoria sustenta o pedido de incorporação de 100% na bolsa desempenho em 36 meses e um reajuste de 24% pelos próximos dois anos.
“Foi apresentada, hoje, uma repetição do que ocorreu na última sexta-feira, com alguns acréscimos em torno dos penduricalhos. Nossa preocupação é com o salário do policial que sai às ruas todos os dias, arriscando sua vida, podendo ser alvejado e vir a perder 50% de sua remuneração. A questão é salarial”, pontuou o delegado Sterferson Gomes Nogueira Vieira, da Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia Civil da Paraíba (Adepdel).
Já o coronel Francisco de Assis, representante dos policias militares, informou que apresentará uma proposta do Fórum, que deve contemplar a incorporação da bolsa desempenho, além de um percentual de aumento. Ele adiantou que a corporação não vai aceitar acréscimo no valor pago em horas extras.
“Aumento no extra não atende a categoria. Para a sociedade entender, este é um serviço em que o policial tem que morrer de trabalhar, para poder complementar o salário, que é a hora-extra no valor de R$ 6. O policial, hoje, além do serviço normal, trabalha de 180 a 200 horas no mês”, explicou o coronel.
G1 PB
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