O número de casos fatais de dengue triplicou no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram registradas 414 mortes nos primeiros seis meses de 2019. No mesmo período do ano anterior, foram 129.
O boletim da Secretaria de Vigilância em Saúde, que considera os casos entre 30 de dezembro e 22 de junho, aponta que o país teve, apenas neste ano, 1.234.527 de casos prováveis, ou seja, mais de um milhão de casos de dengue ainda não confirmados em laboratório. Neste mesmo período do ano passado eram pouco mais de 180 mil casos, o número é sete vezes maior.
Até agora, o estado mais afetado pela doença foi o de Minas Gerais, com quase dois mil casos a cada 100 mil habitantes. As regiões que registraram maior incidência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti são a Sudeste e Centro-Oeste.
As estimativas do ministério, entretanto, indicam que os números tendem a cair ao longo do segundo semestre.
Chikungunya e zika
O mesmo boletim do contabiliza os casos de chikungunya e zika no Brasil. Entre janeiro e julho, foram confirmadas 21 mortes por chikungunya distribuídas entre os estados da Bahia, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. As regiões Sudeste e Norte foram as que mais tiveram casos da doença no Brasil. O país registrou apenas neste ano 75.149 novos casos de chikungunya, um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2018.
Quanto à Zika, foram registrados neste ano, 7.705 casos prováveis no país. No ano passado, foram registrados 5.601 casos prováveis durante os primeiros seis meses. Foram confirmados em 2019, dois óbitos por Zika. Em 2018, houve uma morte registrada.
G1
Portal Santo André em Foco
Foi publicada a terceira chamada da lista de espera do Sisu 2019.2 da Universidade Federald de Campina Grande (UFCG). Foram convocados 397 candidatos. O cadastramento deve ser feito nesta quinta-feira (4) e sexta-feira (5), das 8h às 11h e das 14h às 17h, na coordenação do curso para qual o estudante foi classificado. Veja a lista da terceira chamada da lista de espera no site da instituição.
O procedimento de cadastramento é obrigatório para garantir a vaga na UFCG e deve ser feito presencialmente pelo candidato ou por procurador legalmente constituído para esse fim. No edital é possível conferir a documentação necessária.
Na terminologia oficial da UFCG, cadastramento e matrícula são procedimentos diferentes. O cadastramento é o procedimento por meio do qual o candidato classificado se torna aluno da UFCG. Já a matrícula é o procedimento por meio do qual o aluno define as disciplinas que irá cursar em cada período letivo.
A matrícula em disciplinas dos alunos ingressantes também é obrigatória e deve ser realizada no dia 29 de julho, também na coordenação do curso para o qual foi selecionado. As aulas do período 2019.2 terão início no dia 6 de agosto.
Estão previstas até sete chamadas para os inscritos na lista de espera para cursos da UFCG, conforme a existência de vagas. Cada uma delas respeitará a classificação para vagas de ampla concorrência e as reservadas para cotas. A quarta chamada está programada para a próxima terça-feira (9).
G1 PB
Portal Santo André em Foco
O resultado final do Programa Gira Mundo 2019 foi divulgado nesta quarta-feira (3), pela Secretaria de Estado da Educação e da Ciência e Tecnologia. A lista com os nomes dos estudantes classificados após a 3ª etapa, inclusive para as vagas de suplentes, foi divulgada no Portal da Cidadania do Governo. Este ano foram ofertadas 280 oportunidades.
Os países que receberão os alunos paraibanos são Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha e Reino Unido. Por meio do intercâmbio, os selecionados vão cursar, no país de destino, o correspondente a um semestre letivo, com duração em torno de cinco meses. A data de embarque está prevista para o segundo semestre deste ano.
Cada estudante terá direito a bolsas de manutenção no valor total de R$ 4,5 mil, além de seguro de saúde durante o período em que estiver morando no local determinado. A acomodação será em casa de família residente na localidade definida.
De acordo com a Secretaria, o programa Gira Mundo, que teve início em 2016, já contemplou 350 estudantes da rede pública. Desses, 150 foram para o Canadá, 75 para a Espanha, 50 para Portugal e 25 para a Argentina. Conforme a Secretaria, o investimento foi de mais de R$ 11 milhões.
G1 PB
Portal Santo André em Foco
De 20 a 24 de junho, foram registradas 110 ocorrências relacionadas à violência contra mulheres, sendo quatro estupros, conforme dados divulgados pela Rede Estadual de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Sexual (Reamcav) e pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), nesta quinta-feira (4). Durante o período junino, o grupo promoveu a campanha “Não é não, também no São João”.
Registrados pela Coordenadoria das Delegacias da Mulher (Cordeam), os casos ocorreram no “feriadão”, que foi da quinta-feira (20), em que foi celebrado Corpus Christi, até a segunda-feira (24), dia de São João.
Nesse mesmo período, foram contabilizados 42 autos de prisão em flagrante contra agressores de mulheres e 47 medidas protetivas de urgência para as vítimas, segundo números divulgados na quarta-feira (3).
A campanha, focada no crime de importunação sexual, foi aderida por 14 municípios paraibanos, que divulgaram e realizaram ações de conscientização e atendimento a mulheres, durante os festejos. Em Campina Grande, a mobilização segue até o domingo (7), data de encerramento da festa.
Para o coordenador do Núcleo de Gênero do MPPB, o procurador de Justiça Valberto Lira, embora a campanha realizada no São João tenha sido importante, é necessário desenvolver uma ação permanente. Segundo ele, outras iniciativas já estão sendo articuladas.
Denúncias
De acordo com o MP, denúncias sobre esses casos podem ser feitas por meio dos telefones 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil), assim como em qualquer delegacia, principalmente nas especializadas em atendimento à mulher. As queixas também podem ser prestadas nas promotorias de Justiça do MPPB, na Defensoria Pública e nos centros de referência de atendimento às mulheres nos municípios.
G1 PB
Portal Santo André em Foco
A agência da ONU para Direitos Humanos pediu para que o governo de Nicolás Maduro pare com as graves violações de direitos na Venezuela.
A entidade publicou um documento sobre o tema pouco tempo depois da visita à Caracas da alta comissária, a ex-presidente do Chile Michele Bachelet.
O relatório será apresentado na sexta (5) por Bachelet frente ao conselho de direitos humanos reunido em Genebra, na Suíça.
De acordo com o texto, se a situação não melhorar, o êxodo sem precedentes de emigrantes e refugiados que abandonam o país, que já passa de 4 milhões de pessoas, continuará.
O documento denuncia que, especialmente a partir de 2016, o regime de Maduro e suas instituições colocaram em marcha uma estratégia para neutralizar, reprimir e criminalizar a oposição política e os críticos do governo.
O informe foi redigido depois de 558 entrevistas na Venezuela e em outros oito países, com vítimas e testemunhas de violações de direitos humanos e com atingidos pela situação econômica. abarcaram o período entre janeiro de 2018 e maio de 2019.
Militarização das instituições
Há a denúncia de uma militarização das instituições do Estado durante a última década, e atribui a forças civis e militares a responsabilidade pelas prisões arbitrárias, maus tratos e torturas a críticos do governo e seus familiares.
Também os culpa por violência sexual e de gênero cometida durante os períodos de prisão e em visitas familiares ou de amigos aos detentos, assim como um uso excessivo de força contra manifestações.
Nesse sentido, menciona os grupos armados civis semi-oficiais, mais conhecidos como coletivos, e documenta ao menos 66 mortes durante as manifestações entre janeiro e maio de 2019, das quais ao menos 52 são atribuídas a forças de segurança ou gangues com afinidade com o regime.
O número de execuções extrajudiciais supostamente cometidas pelas forças de segurança são muito maiores –especialmente pelas Forças Especiais–, com 5.287 mortes registradas em 2018, todas por “resistência a autoridade”, e ao menos outras 1.569 entre janeiro e maio de 2019, segundo números do próprio regime.
Oficial torturado e morto
No começo desta semana, Bachelet pediu uma investigação independente, imparcial e transparente desde a morte do capitão venezuelano Rafael Acosta, que estava sob custódia do governo, que o acusava de conspirar para assassinar Nicolás Maduro.
O documento indica que há ao menos 793 pessoas privadas de liberdade, entre elas 58 mulheres, e que 22 deputados da Assembleia Nacional, inclusive o presidente da Casa, Juan Guaidó (que, em janeiro, se autoproclamou presidente da Venezuela) perderam a imunidade parlamentária.
Frente a esses abusos, são poucas as pessoas que apresentam denúncias, por medo de represálias ou falta de confiança no sistema judicial, ressalta o documento, que destaca que “quem o faz, em sua maioria mulheres, enfrenta obstáculos constantes”.
O documento também detecta uma degradação da liberdade de expressão, com uma tentativa, por parte do governo, de impor sua própria versão dos fatos e criar um ambiente que restringe os meios de comunicação independentes.
“Peço a todas as pessoas com poder e influência, tanto na Venezuela como no resto do mundo, para que colaborem e firmem os compromissos necessários para resolver essa crise que está arrasando tudo”, escreve, no texto, Bachelet.
EFE
Portal Santo André em Foco
México e Afeganistão, os países onde mais jornalistas foram assassinados em 2018, se mantiveram como os lugares mais perigosos para o exercício desta profissão na primeira metade de 2019.
O Brasil aparece no quarto lugar, de acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira pela ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC).
O documento mostra que nove jornalistas foram assassinados neste ano no México, enquanto seis foram vítimas de homicídio no Afeganistão.
Esses dois países concentram quase um terço dos 38 jornalistas assassinados no mundo na primeira metade deste ano, número que, no entanto, representa uma queda de 42% com relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a PEC.
Grupos criminosos no México e terroristas no Afeganistão
As principais razões que fazem com que estes dois países sigam sendo os mais perigosos para exercer a profissão têm a ver "com os grupos terroristas no Afeganistão e os grupos criminosos no México", segundo a organização.
O Paquistão, com quatro vítimas mortais, ocupou o terceiro lugar em assassinatos de jornalistas, seguido de Brasil e Colômbia, com dois em cada país.
A América Latina foi a região com mais assassinatos de repórteres, com 15 no total (os mencionados no México, Colômbia e Brasil, além de um em Honduras e outro no Haiti).
Com relação ao Oriente Médio, a PEC comentou que esta região registrou uma certa melhora na segurança dos trabalhadores de imprensa devido, "entre outras razões, à diminuição do conflito na Síria e no Iraque".
"A comunidade internacional deve estabelecer um mecanismo independente que possa combater a impunidade quando as instituições nacionais não forem eficientes e nem suficientes para preencher os vazios na prevenção, proteção e processo", afirmou o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen.
EFE
Portal Santo André em Foco
O presidente russo, Vladimir Putin, encontrou o Papa Francisco, no Vaticano, nesta quinta-feira (4). Esse é o seu terceiro encontro com o pontífice - o anterior aconteceu em junho de 2015.
O conselheiro do Kremlin Yuri Ushakov afirmou, antes do encontro, que eles discutiriam "a preservação de locais sagrados cristãos na Síria", mas descartou que eles fossem negociar uma viagem do pontífice à Rússia. Essa possibilidade ainda desperta forte resistência dentro da Igreja ortodoxa russa, que enfrenta uma corrente nacionalista e conservadora.
A Ucrânia, onde os rebeldes pró-russos do leste são em sua maioria ortodoxos ligados ao patriarcado de Moscou e lutam contra outros ortodoxos e gregos-católicos ligados a Roma, continua a ser um terreno delicado.
Um passo importante na aproximação dos ortodoxos e dos católicos romanos foi dado em fevereiro de 2016 durante um encontro histórico em Cuba entre Francisco e o patriarca ortodoxo russo Kirill, o primeiro em mil anos entre os líderes das duas maiores denominações cristãs.
Discussão sobre sanções
Na agenda de Putin, ainda estão previstos encontros com o presidente italiano, Sergio Mattarella, o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, assim como os dois vice-premiês e líderes políticos do governo populista, Matteo Salvini (Liga, extrema direita) e Luigi di Maio (Movimento 5 Estrelas, antissistema).
O presidente russo quer discutir com os líderes italianos as sanções econômicas europeias e americanas sem precedentes que foram impostas ao país em 2014 por causa da crise ucraniana.
"As questões econômicas serão uma prioridade. Nosso comércio não está subindo ao nível de antes" das sanções impostas em 2014 (54 bilhões na época, 26,9 bilhões em 2018), ressaltou Ushakov, de acordo com a agência France Presse.
Em uma entrevista publicada nesta quinta pelo jornal italiano "Corriere della Sera", Putin ressaltou a resiliência dos laços econômicos bilaterais: 500 empresas italianas representadas na Rússia, 4,7 bilhões de dólares de investimentos italianos na Rússia desde o começo do ano e 2,7 bilhões de investimentos russos na Itália.
G1
Portal Santo André em Foco
Seis pessoas morreram e quase 200 ficaram feridas na passagem de um tornado pela cidade de Kaiyuan, no nordeste da China, na tarde de quarta-feira (3).
Árvores e postes de eletricidade caíram e telhados ficaram danificados com a passagem de ventos extremamente fortes por Kaiyuan, na província de Liaoning.
O tornado feriu mais de 190 pessoas, anunciou o Bureau de Segurança Pública da cidade na rede social Weibo, nesta quinta (4). Quarenta e três feridos precisaram ser hospitalizados.
France Presse
Portal Santo André em Foco
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4) que o governo errou na proposta de previdência para policiais ao não deixá-la mais branda. A categoria pleiteava, por exemplo, a redução da idade mínima para aposentadoria, fixada em 55 anos no texto em votação na Câmara.
Durante café da manhã com ministros e parlamentares, no Palácio do Planalto, Bolsonaro fez um "apelo" ao "bom senso" dos integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária para que aprovem no projeto de reforma da Previdência condições mais brandas de aposentadoria para as polícias.
"Tem algum equívoco e eu, governo, erramos, e dá para resolver essa questão através do bom senso de todos os senhores. Eu peço, por favor. O discurso de alguns, como que se nós quiséssemos privilegiar também PF e PRF, não procede. São pessoas, aliados nossos, e também nunca tiveram privilégios aqui no Brasil", disse Bolsonaro.
O texto da reforma foi aprovado nesta quinta na comissão especial da Câmara.
"Eu apelo aos senhores nesta questão específica, vamos atender, que seja em parte, porque os policiais militares são mais do que os nossos aliados, são aqueles que dão as suas vidas por nós todos brasileiros", acrescentou.
Bolsonaro disse que policiais militares, federais e rodoviários federais "nunca tiveram privilégios" no Brasil.
"Deixar bem claro que policial militar nunca teve privilégio no Brasil, então, em qualquer discurso voltado para mudanças para policial militar, se falar em restabelecer privilégios, não é verdade", declarou Bolsonaro.
Regras mais brandas
O próprio presidente entrou nas negociações com deputados para que o texto da reforma determine regras mais brandas para policiais.
Na quarta-feira (3), contudo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não houve acordo para a mudança nas regras para as categorias da segurança pública que estão na proposta – policiais federais, rodoviários federais e ferroviários federais.
As categorias querem a mudança em suas regras de aposentadoria previstas inicialmente no texto do relator. Querem se equiparar, em parte, às regras previstas para os militares das Forças Armadas, estabelecidas em um projeto de lei separado, enviado pelo governo, que também tramita na Câmara.
A proposta apresentada pelo governo nesta quarta aos agentes de segurança mudou a idade mínima, de 55 anos (homens e mulheres) para 53 anos (homens) e 52 anos (mulheres), além de um pedágio (regra de transição) de 100%. As categorias não aceitaram e, por isso, não houve acordo.
Com isso, foi mantida no relatório a previsão de idade mínima de aposentadoria de 55 anos para homens e mulheres dessas categorias, mesmo com o presidente Jair Bolsonaro tendo se empenhado pessoalmente para atender às demandas dos agentes de segurança.
Como não houve acordo, os agentes de segurança passaram a defender a aprovação de um destaque (sugestão de mudança no texto) que prevê idade mínima para a categoria de 55 anos para homem, 52 anos para mulher e pedágio de 17%.
Esse destaque também prevê pensão por morte com valor equivalente ao último salário – a mesma coisa vale para os casos de invalidez.
Já os policiais militares e os bombeiros, que são ligados aos estados, também serão incluídos na reforma das regras de aposentadoria dos militares e isso gerará aos estados (e ao Distrito Federal) uma economia de R$ 52 bilhões em 10 anos, segundo estimativas do Ministério da Economia.
A reforma determina que, enquanto não for aprovada uma lei complementar sobre o tema, as polícias militares e bombeiros terão as regras de aposentadoria e pensões por morte das Forças Armadas.
G1
Portal Santo André em Foco
O presidente Jair Bolsonaro empossou na manhã desta quinta-feira (4), em cerimônia no Palácio do Planalto, Luiz Eduardo Ramos como novo ministro da Secretaria de Governo.
General de Exército e amigo de Bolsonaro, Ramos assumiu a pasta que responde pela articulação política do governo junto ao Congresso. A Secretaria de Governo é uma das quatro pastas que funcionam no Palácio do Planalto.
Em discurso durante a solenidade, Bolsonaro afirmou que Ramos "entra em campo" no momento em avançam as discussões para votação da reforma da Previdência no Congresso.
"Não temos plano B, nós todos, o plano é esse, o plano A. Ele [Ramos] entra agora buscando aí soluções para essas questões", disse.
O novo ministro substituí à frente da pasta o também general Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido por Bolsonaro no mês passado. Santos Cruz foi alvo de ataques do ideólogo Olavo de Carvalho, avalizados por Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente.
Antes de integrar a equipe ministerial de Bolsonaro, Ramos era o comandante militar do Sudeste (CMSE). Ele passou o comando do CMSE, localizado em São Paulo, ao general Marcos Antonio Amaro dos Santos nesta quarta-feira (3), em uma cerimônia com a presença de Bolsonaro.
Articulação política
Ramos assumiu a Secretaria de Governo após Bolsonaro modificar as atribuições da pasta.
Uma medida provisória, assinada pelo presidente no mês passado, passou a articulação política da Casa Civil para a Secretaria de Governo. A Casa Civil, comandada por Onyx Lorenzoni, herdou o programa de concessões e privatizações.
Na função de articulador político, Ramos tem como principal desafio auxiliar na aprovação da reforma da Previdência, enviada por Bolsonaro em fevereiro ao Congresso Nacional.
Ramos afirmou, em seu discurso, que após ter sido anunciado como novo ministro, ouviu de interlocutores que seria uma "missão difícil" e "espinhosa" conduzir a articulação do governo. O ministro declarou que considerou a missão um "presente" de Bolsonaro.
"Para mim o senhor me deu um presente, um privilégio. Vou poder novamente trabalhar com a casa do povo, o Congresso Nacional", disse.
Principal projeto deste início de governo, a reforma é considerada vital para equilibrar as contas públicas e atrair investimentos para o país.
O presidente voltou a pedir ajustes na proposta para os policiais militares, federais e rodoviários federais. Segundo Bolsonaro, faltam “pequenos ajustes” para acertar as mudanças e o tema foi tratado com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
O projeto está no momento em uma comissão especial da Câmara dos Deputados. O colegiado tentará votar nesta quinta a proposta, que ainda precisará ser aprovada nos plenários da Câmara e do Senado.
Segundo a colunista do G1 Andréia Sadi, Bolsonaro se empenhou pessoalmente nos últimos dias em favor de regras mais brandas na reforma para policiais federais.
Diálogo com oposição e Previdência
Após a posse, Ramos concedeu entrevista e declarou que não considera uma "missão difícil" melhorar a articulação do governo no Congresso.
Questionado se pretende conversar com parlamentares que fazem oposição a Bolsonaro, o novo ministro afirmou que sim, desde que a conversa seja "pelo bem" do país.
"Se for pelo bem do Brasil, a gente pode conversar", disse.
O ministro também declarou que vai começar a se "inteirar" sobre as negociações da reforma da Previdência no Congresso. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que respondia pela articulação, permanecerá à frente das conversas.
"O que está havendo é como um jogo de futebol, está tendo um jogo decisivo, como hoje está sendo votado. Eu não posso substituir o técnico no meio do jogo, isso não existe. Ministro Onyx está fazendo trabalho muito bom, ele está à frente, eu vou cerrar a ele no que ele precisar para ajudá-lo", declarou Ramos.
Perfil
Nascido no Rio de Janeiro, Luiz Eduardo Ramos Baptista, de 63 anos, ingressou no Exército em março de 1973, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. A amizade com Bolsonaro, que é capitão reformado do Exército, teve início nos anos 1970.
Ramos foi declarado aspirante a oficial da arma de Infantaria em 1979, e promovido a general de Exército, topo da carreira militar, em 2017.
Militar da ativa, o novo ministro foi assessor parlamentar do comando do Exército no Congresso, adido militar em Israel e comandou a missão de Paz das Nações Unidas no Haiti.
Durante a carreira, segundo o Exército, Ramos também comandou o 8º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Santa Cruz do Sul (RS), a 8ª Brigada de Infantaria Motorizada, em Pelotas (RS), a 11ª Região Militar, em Brasília (DF) e a 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro (RJ).
G1
Portal Santo André em Foco