O suspeito de matar a estudante de medicina Mariana Thomaz de Oliveira, em João Pessoa, na Paraíba, foi transferido para o Presídio Especial do Valentina, na capital paraibano. Ele chegou na unidade prisional às 8h30 desta segunda-feira (14). A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Segundo a advogada de defesa da vítima, Dayane Carvalho, a audiência de custódia de Johannes Dudeck, suspeito de cometer o crime, aconteceu por volta das 14h deste domingo (13). Ele possui curso superior e foi encaminhado ao Presídio Especial.
O resultado do laudo pericial da morte de Mariana Thomaz ainda não foi divulgado. Mas, ainda segundo a advogada, o atestado de óbito da estudante apontou que ela foi morta por asfixia mecânica por esganadura.
Os peritos responsáveis pelo laudo devem realizar exames específicos para obter mais detalhes do crime, que segue em investigação na Delegacia de Homicídios de João Pessoa.
Família pede justiça
O irmão de Mariana Thomaz, Gustavo Thomaz de Oliveira, lamentou a morte dela durante o velório, neste domingo (13), em Lavras da Mangabeira, interior do Ceará. Muitas pessoas da cidade, onde a estudante nasceu, foram às ruas prestar as últimas homenagens e pedir justiça.
Segundo Gustavo Thomaz, Mariana era a filha mais nova de seus pais, e morava há três anos na capital paraibana onde estudava medicina.
O irmão da vítima também relatou que a família não sabia do relacionamento dela com o principal suspeito do crime, um empresário que namorava há um mês, segundo a Polícia Civil da Paraíba. O homem inclusive já possui três acusações pela Lei Maria da Penha contra três vítimas diferentes.
Mariana era prima de segundo grau de Eunício Oliveira (MDB), ex-presidente do Senado e presidente estadual do MDB no Ceará. Ele se manifestou nas redes sociais sobre a morte dela: "O machismo abjeto e inaceitável que persiste em nossa sociedade precisa acabar. O feminicídio precisa ser combatido por todos nós, como tenho reiterado inúmeras vezes. O machismo mata e enluta famílias".
"Mariana era apaixonada pela medicina, sonhava em exercer sua vocação de cuidar das pessoas através da profissão que escolheu. Uma jovem que teve seu futuro promissor interrompido de maneira tão abrupta", escreveu Eunício.
Entenda o caso
O corpo de Mariana Thomaz foi encontrado com sinais de estrangulamento em um apartamento, na orla do Cabo Branco, em João Pessoa, neste sábado (12). Segundo informações da Polícia Civil, o suspeito de ter cometido o crime estava em um relacionamento há um mês com a vítima.
De acordo com a polícia, a vítima foi identificada como Mariana Thomaz de Oliveira, de 25 anos. Ela era natural do Ceará e estava na Paraíba para cursar a graduação de medicina. O corpo dela foi encontrado após a polícia receber uma ligação do suspeito informando que Mariana estava tendo convulsões.
Chegando no local, o perito observou sinais de esganadura. Por causa disso, o suspeito foi preso preventivamente. Após exames, a perícia confirmou a esganadura.
A polícia ainda informou que o suspeito já tem outras três acusações pela Lei Maria da Penha por agredir três mulheres diferentes.
g1 PB
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