Maria Adriana Costa da Silva tinha 38 anos e cinco filhos. Ela foi morta a facadas dentro da casa onde morada, no município de Bayeux, na Grande João Pessoa, nesta quarta-feira (27). Desde novembro de 2019 uma medida protetiva proibia que o ex-marido dela se aproximasse. No entanto, o recionamento violento e os relatos de familiares levam a polícia a colocar José Adriano Vieira da Cruz, também de 38 anos, como principal suspeito do crime. A mulher foi encontrada pelas filhas com perfurações na cabeça, em cima da cama.
Segundo a família da vítima, o José Adriano, ex-marido dela, estava tentando reatar o relacionamento, mas ela não aceitava. Eles foram casados por 18 anos e tinham quatro filho juntos. A mulher era auxiliar de serviços gerais.
De acordo com a delegada da mulher, Conceição Casado, que já acompanhava o caso de Maria Adriana desde 2019, ela tinha uma união estável com José Adriano, mas a relação era de muito conflito, violência doméstica, violência patrimonial e violência psicológica.
"Ela tinha todo o histórico de uma mulher sofrida e muito batalhadora. Na segunda oitiva de Adriana, ela contou que estava na Caixa Econômica Federal, em outubro, e ele havia chegado próximo a ela. Ela disse que ia acionar a polícia, porque ela tinha uma medida protetiva. Quando ela falou, ele deu um empuirrão nela, um murro na filha e fugiu", declarou a delegada.
Segundo os vizinhos, José Adriana entrava na casa de Adriana quando achava conveniente, descumprindo qualquer medida protetiva que houvesse contra ele. Além disso, ele também fazia empréstimos no nome dela e não pagava as dívidas.
Conforme a TV Cabo Branco, a família só tomou conhecimento da morte por volta das 11h da manhã, quando as duas filhas da vítima foram até o local que a mãe estava morando. A mulher estava vivendo em um ímovel bem pequeno na frente de sua casa, que estava em reforma.
A vítima sofria ameaças e agressões por ciúmes que o ex-marido tinha dela. Recentemente, o casal tinha se separado e o homem estava vivendo com outra mulher. Entretando, a união não deu certo e ele estaria tentando reatar com a ex-esposa. O suspeito teria entrado onde a vítima estava morando a força e estaria vivendo com ela, com a mulher sempre expressando que não estava satisfeita com isso.
Segundo informações da Polícia Militar, equipes foram acionadas por volta das 12h, mas existe a suspeita de que o crime tenha acontecido antes, já que o corpo já apresentava rigidez cadavérica.
O local onde o crime aconteceu foi isolado até a chegada da perícia. O suspeito ainda não foi encontrado, mas a Polícia Civil segue investigando o caso.
Amanda Fernandes, secretária da mulher de Bayeux, informou que os filhos vão receber todo o apoio psicológico e jurídico, além de amparo social por parte da prefeitura.
G1 PB
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