Novembro 26, 2024

Mentor da Barbárie de Queimadas continua foragido dois meses após fuga de presídio, na PB

O detento Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão por ser o mentor da "Barbárie de Queimadas" - estupro coletivo que resultou na morte de duas mulheres -, continua foragido após dois meses da fuga da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa, conhecida como PB1.

De acordo com o secretário executivo da Administração Penitenciária, João Paulo Barros, o detento fugiu pela porta lateral que dá acesso ao almoxarifado, na noite do dia 17 de novembro.

Quatro policiais penais que faziam a segurança do setor foram encaminhados à Central de Polícia ainda na noite da terça, para prestar esclarecimentos. De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Isaías Gualberto, afirmou que um deles foi autuado por facilitação culposa e, em seguida, liberado.

Conforme a Polícia Civil, a facilitação culposa "é porque ele [o policial] não teve a intenção, não foi uma ação planejada, mas como estava de serviço deveria ter sido mais atento".

Nesta segunda-feira (18), Isaías Gualberto disse que “o inquérito, por lei, é sigiloso”, que não pode passar mais informações sobre o caso, mas que continua trabalhando na recaptura de Eduardo.

Já a Secretaria de Administração Penitenciária, informou que solicitou um novo mandado de prisão para Eduardo, que está em aberto. Disse, ainda, que abriu um procedimento interno para averiguar a conduta dos policiais que estavam trabalhando no momento em que a fuga aconteceu.

Em setembro de 2014, Eduardo dos Santos foi considerado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma, além de cinco estupros. Por estes crimes, ele foi condenado a 106 anos e 4 meses de reclusão. Além disso, ele recebeu uma pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de lesão corporal de um dos adolescentes envolvidos no crime.

Na "Barbárie de Queimadas", ocorrida em 2012, cinco mulheres foram estupradas durante uma festa de aniversário e duas delas - Isabella Pajuçara e Michelle Domingos - foram assassinadas porque teriam reconhecido os agressores. Eduardo Santos foi o último dos envolvidos no crime a ser julgado. Outros seis homens também foram condenados e três adolescentes foram sentenciados a cumprirem medidas socioeducativas.

G1 PB
Portal Santo André em Foco

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