O secretário de saúde da Paraíba, Ari Reis, informou que as provas do novo concurso da PB saúde devem ser realizadas nos municípios de João Pessoa, Campina Grande e Patos. O secretário se reuniu com o superintendente da PB Saúde e com a comissão responsável pela elaboração do concurso público nesta quinta-feira (25). A informação foi divulgada através de vídeo publicado no Instagram da PB Saúde.
Conforme observou o ClickPB, o secretário afirmou ter intenção de que as novas provas sejam realizadas de forma descentralizada, na capital, agreste e sertão do estado. “Teremos a intenção de fazer provas descentralizadas, aqui em João Pessoa, em Campina Grande e Patos”, disse em publicação nas redes sociais.
O secretário informou ainda que os candidatos convocados nas novas provas, que devem ser realizadas ainda neste semestre, irão atender as unidades já existentes e para as futuras unidades da PB Saúde que em breve serão anunciadas
O novo certame deverá contar com 4 mil vagas, entre oportunidades de entrada imediata (1.400) e cadastro reserva (2.600).
ClickPB
Portal Santo André em Foco
Mais 12 barragens passam por obras de melhoria na Paraíba, pelo Programa de Recuperação de Barragem. As obras são executadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos (Seirh), com investimento de R$ 9,1 milhões, oriundos do Tesouro Estadual.
Os trabalhos são realizados em municípios do Sertão, Cariri, Curimataú e Agreste do estado, tais como: Barra de São Miguel, Pocinhos, Serra Branca, Congo, Campina Grande, Cuité (com duas barragens), Montadas, Santana dos Garrotes, Santa Terezinha, Cabaceiras e São José de Caiana. A obra consiste em serviços de limpeza da vegetação, redimensionamento da parede e do sangradouro da barragem, drenagem para evitar erosão, proteção da base da parede com cobertura vegetal e reparo do meio-fio.
Para o secretário da Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, Deusdete Queiroga, esta é uma ação muito importante e contínua, com o objetivo de garantir a segurança de barragens no estado, como a preservação dos mananciais, tranquilizando a população para não causar eventuais danos materiais.
As obras fazem parte do Programa de Recuperação de Barragem, que já contemplou 78 reservatórios em todas as regiões, com investimentos de aproximadamente R$ 50 milhões. Na Paraíba, 150 barragens são monitoradas pela gestão estadual, por meio da Seirh e pela Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa).
Governo da Paraíba
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O Ministério da Educação (MEC) anunciou o cronograma e demais procedimentos relativos à complementação de informações das inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) adiadas para o segundo semestre de 2024.
De acordo com o edital publicado no Diário Oficial da União (DOU), o prazo para complementar as informações no sistema de inscrição será de 31 de julho às 23h59 de 2 de agosto, no site do Fies.
O programa do Ministério da Educação financia, de forma escalonada, estudantes de cursos de graduação em instituições de educação superior privadas que aderiram ao Fies.
Passo a passo
Para a contratação do financiamento os candidatos pré-selecionados do Fies devem complementar as informações da inscrição no sistema. O acesso é por meio de login e senha na conta no portal de serviços digitais do governo federal, o gov.br.
Após a complementação da inscrição no Fies Seleção, o candidato deve comparecer à comissão da instituição de ensino superior responsável pela análise das informações prestadas no ato da inscrição de ensino para validá-las, em até cinco dias, contados a partir da data de complementação da inscrição.
Se a comissão validar a inscrição em até dez dias o pré-selecionado do Fies deve comparecer ao banco onde será contratado o financiamento com a documentação exigida. Somente após a aprovação pelo agente financeiro o candidato poderá assinar o contrato que vai financiar as mensalidades da faculdade particular.
A apresentação de informações ou documentos falsos implicará na reprovação do candidato no processo seletivo do Fies.
Critérios
Os estudantes selecionados para o Fies no segundo semestre de 2023 ou no primeiro semestre de 2024 e que tiveram a conclusão da inscrição adiada para o segundo semestre de 2024 podem participar dessa etapa de inclusão de informações.
Na primeira fase de seleção do programa puderam se inscrever estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, e que obtiveram média aritmética das notas nas provas igual ou superior a 450 pontos e nota superior a zero na redação.
Em relação à renda familiar mensal, o limite por participante é de até três salários mínimos (R$ 4.236/mês, em 2024).
O percentual de financiamento dos encargos educacionais será definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita em reais e o encargo educacional cobrado pela instituição de ensino superior em reais.
O MEC criou uma página na internet com um tira dúvidas sobre o Fies.
Agência Brasil
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Um membro da delegação brasileira foi abordado por um policial à paisana francês quando operava um drone durante os Jogos Olímpicos em Paris, informou nesta quinta-feira (25) o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Segundo o comitê, o integrante da delegação fazia imagens de drone da base do Time Brasil em Saint-Ouen, "sob a orientação inicial de que estaria autorizado".
"Ele foi abordado por um agente policial francês à paisana e recebeu a recomendação de não mais subir o drone durante os Jogos, o que vem sendo cumprido desde então", diz o COB.
O jornal francês "Le Figaro" informou que o funcionário foi detido, o que o comitê nega.
O incidente teria acontecido na tarde do último domingo (21). Três pessoas foram abordadas, entre elas um homem de 31 anos que seria integrante da delegação olímpica brasileira e estaria pilotando a aeronave.
De acordo com o "Figaro", os policiais apreenderam um drone cerca de meia hora após denúncias de que ele estaria sobrevoando a Vila Olímpica, uma zona de tráfego aéreo suspenso, sem autorização. Com o aparelho em mãos, os agentes puderam chegar ao piloto.
Na abordagem, ele estaria acompanhado de outras duas pessoas, incluindo uma mulher que se apresentou como assistente do COI (Comitê Olímpico Internacional) e disse aos agentes que o homem estava fazendo fotos aéreas da Vila Olímpica.
O homem teria sido conduzido então à delegacia de polícia de Saint-Ouen para esclarecimentos.
O COB informou que não houve prisão nem pagamento de multa; "apenas esclarecimento dos fatos".
g1
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O tufão Gaemi perdeu força nesta quinta-feira (25) ao seguir em direção ao leste da China, depois de trazer fortes chuvas e ventos que deixaram 20 mortos nas Filipinas e dois em Taiwan.
Nas Filipinas, o tufão causou destruição em Manila e nas províncias vizinhas, onde 20 pessoas morreram por afogamento, deslizamentos de terra, eletrocussões e queda de árvores, informou a polícia nesta quinta-feira.
O ciclone não impactou diretamente as Filipinas, mas intensificou as chuvas sazonais, provocando inundações na ilha de Luzon, a mais populosa do arquipélago, disseram as autoridades.
O governo de Taiwan decretou na quarta-feira (24) o fechamento de escolas e escritórios e suspendeu alguns exercícios militares que realiza todos os anos para se preparar para uma possível invasão da China, que reivindica a soberania da ilha.
Na manhã desta quinta, o centro do tufão "deslocou-se para o mar" com ventos sustentados de cerca de 154 km/h, menos que no dia anterior, informou o gabinete meteorológico de Taiwan.
As autoridades da ilha indicaram no dia anterior que Gaemi havia provocado duas mortes e mais de 200 feridos antes mesmo de tocar o solo.
A tempestade dirige-se agora em direção à província chinesa de Fujian, embora as autoridades de Taiwan alertem que "o vento e a chuva continuam ameaçando várias partes" do seu território.
O mau tempo dificulta o resgate de nove marinheiros que tiveram que pular no mar usando coletes salva-vidas quando seu navio de carga afundou.
"Eles caíram no mar e estão flutuando lá", disse Hsiao Huan-chang, funcionário das equipes de emergência da ilha. Várias embarcações foram enviadas para o local, mas "a visibilidade na zona era muito baixa e o vento era muito forte", afirmou.
"Quando o tempo permitir, enviaremos imediatamente barcos e helicópteros para resgatá-los, mas neste momento não é possível", acrescentou.
France Presse
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O ex-presidente dos EUA, Barack Obama, planeja apoiar abertamente a vice-presidente Kamala Harris como candidata presidencial democrata para 2024 em breve, informou a NBC News nesta quinta-feira (25).
Obama, reservadamente, apoiou totalmente a candidatura de Harris e tem mantido contato regular com ela, disse a reportagem, citando pessoas familiarizadas com as discussões.
“Assessores de Obama e Harris também discutiram a possibilidade de os dois aparecerem juntos na campanha, embora nenhuma data tenha sido definida”, disse o relatório.
Sem nenhum concorrente de peso dentro do Partido Democrata, Harris ganhou o apoio dos delegados do partido na segunda-feira, um dia depois que o presidente Joe Biden anunciou que estava desistindo de sua candidatura à reeleição.
A Fundação Obama não respondeu imediatamente a um pedido de comentários da Reuters.
Biden explica desistência
Na quarta-feira (24), Joe Biden fez um pronunciamento no Salão Oval da Casa Branca em que explicou sua desistência em tentar a reeleição.
Ele disse que a defesa da democracia é melhor do que qualquer cargo e afirmou que está fazendo uma "passagem de bastão" para as novas gerações como forma de unir o país.
Durante o pronunciamento, o presidente afirmou que estará focado em terminar o mandato e na defesa dos direitos civis dos norte-americanos.
"Recebo forças e encontro alegria em trabalhar para o povo americano. Mas esta tarefa sagrada de aperfeiçoar a nossa União não é sobre mim. É sobre vocês. Suas famílias. Seus futuros. É sobre nós, o povo", disse.
A apoiadores, na segunda-feira (22), Biden disse que desistir da disputa à reeleição foi a "coisa certa a se fazer". Ele também se colocou a serviço da campanha de Kamala Harris.
Reuters
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A atmosfera no Salão Oval era melancólica e o tom, de despedida. Num pronunciamento à nação em horário nobre, o presidente Joe Biden tentou explicar aos americanos suas razões para não concorrer à reeleição como um ato de generosidade e sacrifício. “Eu reverencio este lugar, mas amo mais o meu país. A defesa da democracia, que está em jogo, é mais importante do que ocupar qualquer cargo.”
No modo flashback, esta imagem contrastava com a de seu antecessor, no National Mall, no dia 6 de janeiro de 2021: raivoso e inconformado com a derrota, Donald Trump tentava reverter o resultado eleitoral, insuflando seus seguidores a impedirem a certificação de Biden numa sessão no Congresso. O que se viu depois foi o infame ataque de uma multidão de adeptos ao Capitólio e aos membros do Congresso.
São dois estilos diametralmente opostos de apego ao cargo, duas formas antagônicas de gerir o país e de deixar um legado. Após três semanas de impasse e resistência aos membros de seu partido, o atual presidente americano, aos 81 anos, aceitou abandonar a corrida a menos de quatro meses das eleições e “passar a tocha para a nova geração de democratas e de unir o país”.
No pronunciamento, Biden não revelou amargura em relação aos correligionários, que deixaram de vê-lo como o candidato adequado para derrotar Donald Trump, mas ressaltou que as necessidades do país importavam mais do que a sua própria ambição.
Suas palavras indicavam o fim da linha de uma carreira política de meio século. O atual presidente deixou claro, contudo, que não pretende ser um pato manco nos seis meses que ainda lhe restam na Casa Branca. A reforma da Suprema Corte, "essencial para a nossa democracia", destacou-se na lista de prioridades que ele enumerou em seu apertado calendário.
Com sua maioria conservadora de 6-3, o mais alto tribunal americano se envolveu em escândalos éticos e reverteu decisões históricas, como a do aborto e a ação afirmativa, além de conceder ampla imunidade a ex-presidentes. O presidente americano anunciou que continuará a perseguir a paz no Oriente Médio e a libertação dos reféns e vai lutar para parar Putin em sua guerra na Ucrânia.
Biden parecia resignado a aceitar o fato de que a disputa eleitoral, que parecia entregue aos republicanos, mudou radicalmente a partir de sua decisão de desistir de buscar um segundo mandato. Mostrou nobreza ao reforçar o apoio à vice Kamala Harris como candidata democrata, que nos últimos dias unificou o partido, turbinou a campanha e reabriu os cofres de doadores. O atual presidente revelou entender o significado real da palavra patriotismo.
g1
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O Brasil passou, neste ano, a ser a oitava maior economia do mundo e apresenta bons indicadores, afirmou nesta quinta-feira (25) o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ao participar do Fórum de Comércio e Inovação Coreia-ALC, no Rio de Janeiro. Entre os indicadores positivos, Alckmin salientou a queda do risco país de 254 pontos para 160 pontos, a redução da inflação de 4,5% para 3,7%, a queda do desemprego de 8,3% para 7,1% e a aprovação da reforma tributária.
Alckmin disse que a reforma tributária simplifica e estimula investimentos e exportação porque desonera completamente investimento e exportação. "Acaba com a cumulatividade. Isso deve dar um impulso à nossa economia”, acrescentou o ministro, ao citar estudo do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea) que prevê que, em 15 anos, a reforma tributária pode aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 12%, os investimentos, em 14%, e as exportações, em 17%.
Para ele, outro fator positivo foi a ampliação do Mercado Comum do Sul (Mercosul), com a entrada da Bolívia no bloco. Alckmin lembrou que o Brasil, sozinho, responde por metade do PIB de toda a América do Sul e apresenta boas oportunidades de investimento em várias áreas, como as de energias renováveis, hidrogênio de baixo carbono, SAF (sigla do nome em inglês Combustível Sustentável de Aviação), complexo industrial da saúde, área aeronáutica e, em especial, a de tecnologia. Com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Eximbank da Coreia do Sul, Alckmin afirmou ter certeza de que o país vai "avançar ainda mais nesse trabalho”.
Ele também deixou claro que o Brasil tem compromisso com a democracia e o desenvolvimento.
Alckmin manifestou satisfação por participar do fórum promovido pela Coreia do Sul, país com o qual o Brasil tem 65 anos de relações diplomáticas, amizade e parceria, além de importante relação comercial e investimentos recíprocos. Grandes empresas coreanas estão instaladas no Brasil, como a Hyundai, que tem fábricas nas cidades paulistas de Piracicaba e Araraquara. “Tenho certeza de que esse encontro vai estimular ainda mais o nosso comércio exterior, nossa complementaridade econômica e, de outro lado, investimentos recíprocos.”
Geraldo Alckmin brincou com os participantes do fórum afirmando que a Coreia do Sul dá sorte ao Brasil, porque a última Copa do Mundo de Futebol na qual o Brasil foi campeão ocorreu na Coreia e no Japão.
Agência Brasil
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A arrecadação do governo federal apresentou um aumento real, descontada a inflação, de 9,08%, no primeiro semestre de 2024, informou hoje (25) a Receita Federal. No período, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,289 trilhão.
Em junho, a arrecadação total das Receitas Federais atingiu, o valor de R$ 208,8 bilhões, registrando acréscimo real, descontado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 11,02% em relação a junho de 2023.
Quanto às Receitas Administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado no período acumulado de janeiro a junho de 2024, alcançou R$ 1,235 trilhão, registrando acréscimo real de 8,93%. Em junho, a arrecadação ficou em pouco mais de R$ 200 bilhões, representando um acréscimo real (IPCA) de 9,97%.
Segundo a Receita, o acréscimo observado no período pode ser explicado pelo bom desempenho da atividade econômica, em especial da produção industrial, da venda de bens e serviços e do aumento da massa salarial.
Também contribuiu para o aumento da arrecadação da Cofins e Pis/Pasep, que registrou crescimento real de 18,79%. Entre janeiro e junho, o PIS/Pasep e a Cofins totalizaram uma arrecadação de R$ 256,2 bilhões.
Além da retomada da tributação sobre os combustíveis e da exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições, o resultado foi puxado pelo aumento real de 3,85% no volume de vendas e de 1,39% no volume de serviços entre dezembro de 2023 e maio de 2024, em relação ao período compreendido entre dezembro de 2022 e maio de 2023.
Outro destaque foi o crescimento real de 20,59% da arrecadação do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre Capital, decorrente da tributação dos fundos exclusivos. Entre janeiro e junho a arrecadação do tributo foi de R$ 72,9 bilhões.
A Receita também apontou destaque o resultado da arrecadação do Imposto sobre a Renda da pessoa Física (IRPF), que apresentou um aumento real de 21,26%, em função da atualização de bens e direitos de brasileiros no exterior. Com isso, a arrecadação do IRPF foi de R$ 39,8 bilhões, no período de janeiro a junho.
Em relação à Receita Previdenciária, no período de janeiro a junho a arrecadação totalizou R$ 316,9 bilhões, com crescimento real de 5,37%.
"Esse resultado se deve ao crescimento real de 7,06% da massa salarial. Além disso, houve postergação do pagamento da Contribuição Previdenciária e do Simples Nacional para os municípios do Rio Grande do Sul declarados em estado de calamidade pública e crescimento de 14% no montante das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária, no período de janeiro a junho de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior", disse a Receita.
A Receita estimou em R$ 8 bilhões a perda de arrecadação, entre janeiro e junho deste ano, relacionada às enchentes no Rio Grande do Sul. A projeção foi feita com base na arrecadação no mesmo período do ano passado.
Dados de junho
Em junho a Receita apontou como destaques o desempenho da arrecadação do PIS/Pasep e da Cofins que totalizou 45,1 bilhões, representando crescimento real de 21,95%. O montante foi puxado, especialmente, pelo aumento real de 5% no volume de vendas e de 0,8% no volume de serviços entre maio de 2024 e maio de 2023, pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis, pela exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos dessas contribuições e pelos recolhimentos atípicos da ordem de R$ 2 bilhões.
Outros destaques foram o Imposto sobre Importação e o IPI-Vinculado à Importação, que apresentaram uma arrecadação conjunta de R$ 9.288 milhões, representando crescimento real de 45,71%.
"Esse resultado decorre, basicamente, dos aumentos reais de 15,58% no valor em dólar (volume) das importações, de 11,08% na taxa média de câmbio, de 25,87% na alíquota média efetiva do I. Importação e de 21,05% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado", disse a Receita.
Já o IRRF sobre Capital apresentou uma arrecadação de R$ 19,9 bilhões, que representa um crescimento real de 10,10%. O desempenho pode ser explicado pelos acréscimos nominais de 13,70% na arrecadação do item “Fundos de Renda Fixa”, de 9,39% na arrecadação do item “Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ)” e pela arrecadação de R$ 440 milhões, decorrente da tributação do regime de transição dos fundos exclusivos.
Agência Brasil
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As empresas do setor de comércio no Brasil precisaram de 3 anos para retomar o nível de emprego pré-pandemia da covid-19. A constatação está na Pesquisa Anual de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento traz dados de 2022, quando o comércio brasileiro empregou 10,3 milhões de pessoas. Esse número supera em 157,3 mil o contingente de 2019, último ano antes da pandemia surgir. O ponto máximo da série iniciada em 2007 é 10,6 milhões, em 2014.
"Estamos longe do valor da máxima histórica, mas houve crescimento, depois de 2020, em todos os anos, aumento do número de pessoas ocupadas", avalia o pesquisador do IBGE Marcelo Miranda Freire Melo.
A pesquisa é feita com empresas de 22 setores de três grandes segmentos: comércio varejista, comércio por atacado e comércio de veículos, peças e motocicletas.
O instituto explica que a diferença entre varejo e atacado é o destino da venda. No varejo, a finalidade é o uso pessoal e doméstico; enquanto no atacado, outras empresas e órgãos da administração pública.
O comércio varejista é o carro-chefe na ocupação de trabalhadores, com 7,6 milhões de empregos em 2022. O atacado responde por 1,9 milhão, o maior da série histórica, e o comércio de veículos automotores, peças e motocicletas emprega 846,2 mil.
O segmento que mais emprega individualmente é o de hiper e supermercados, com 14,8% dos ocupados, o que equivale a 1,5 milhão de pessoas.
Termômetro do PIB
A pesquisa identificou 1,4 milhão de empresas que operam em 1,6 milhão de endereços. Essas companhias tiveram receita líquida operacional de R$ 6,7 trilhões. Elas apresentaram um valor adicionado bruto de R$ 1,1 trilhão – esse montante representa o quanto contribuíram para o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país).
A maior parte da receita (51%) foi gerada pelo comércio por atacado, seguido pelo comércio varejista (40,2%) e pelo comércio de veículos, peças e motocicletas (8,8%).
O IBGE considera que a atividade comercial é um importante termômetro da economia, pois “tende a repercutir os ciclos das atividades econômicas, particularmente as variações na renda das famílias e nas condições de oferta de crédito”.
Remuneração
As 10,3 milhões de pessoas que trabalhavam em empresas de comércio em 2022 receberam R$ 318 bilhões em salários e outras remunerações. O IBGE mede o salário médio do setor em salário mínimo. Em 2022, o indicador chegou a dois salários mínimos, um recorde da série histórica. Entre o início da série e 2021, havia variação entre 1,8 e 1,9 salários mínimos.
A explicação para o recorde foi o crescimento do salário médio pago no segmento de comércio de veículos, peças e motocicletas, o único dos três grandes setores a ter aumento de 2021 para 2022. "Esse valor influencia o resultado do comércio como um todo", assinala o pesquisador do IBGE.
O comércio por atacado apresentou o maior salário médio (2,9 salários mínimos) em 2022, seguido pelo comércio de motocicletas, peças e veículos (2,3) e pelo comércio varejista (1,7).
Comércio virtual
A pandemia da covid-19, que impôs restrições sanitárias em todo o país, como isolamento social e lockdowns, que provocaram mudanças profundas na atividade econômica, é refletida, conforme deixa explícito o estudo do IBGE, nos números do comércio virtual.
O instituto identificou um crescimento no número de negócios que adotaram o comércio pela internet, seja por sites, redes sociais, aplicativos ou WhatsApp. O número passou de 1,9 mil em 2019 para 3,4 mil em 2022, acréscimo de 79,2%.
O aumento aconteceu em todos os segmentos do varejo. A pesquisa revela ainda que em 2019, 4,7% das empresas de comércio varejista vendiam pela internet. Em 2022, o percentual alcançou 8%.
Apesar de mais empresas aderirem ao comércio virtual, o IBGE constatou que houve um recuo no percentual da receita bruta do varejo na forma de comercialização pela internet no último ano investigado pela pesquisa. Em 2019, o patamar era de 5,3%, que chegou a 9,1% em 2021, antes de cair para 8,4% em 2022.
Segundo o pesquisador do IBGE Marcelo Melo, a queda do último ano não é um indicativo de que a comercialização pela internet, necessariamente, caiu.
“É um indicativo de que as pessoas voltaram também a comprar os produtos de forma presencial”, explica.
“Como a gente está lidando com valor percentual de participação, se esse percentual cai não significa que a atividade caiu propriamente dita”,observa. Na opinião de Melo, o comércio pela internet é "uma tendência que veio para ficar".
Regiões
A ampla observação do IBGE sobre as empresas de comércio mostra que o Sudeste lidera o setor em receita bruta de revenda, número de unidades locais, pessoal ocupado e remunerações. Em seguida aparecem as regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
O Sudeste representava 50,6% do pessoal ocupado em 2022 e 54,6% do total de salários e outras remunerações. Na outra ponta, o Norte era responsável por 3,5% das vagas e 3,2% do dinheiro recebido pelos trabalhadores.
O Sudeste era também a única região com salário médio acima da média nacional, de dois salários mínimos. As empresas de comércio da região pagavam 2,1 salários mínimos. No piso do ranking figurava o Nordeste, com média de 1,5 salário mínimo. O Sul registrou remuneração média de dois salários mínimos, acima do Centro-Oeste (1,9) e do Norte (1,8).
Estados
Ao fazer uma análise dos últimos dez anos, intervalo de tempo para, segundo o IBGE, identificar mudanças estruturais, duas Unidades da Federação (UF) experimentaram alterações de destaque no ranking de receita bruta de revenda.
O Rio de Janeiro deixou a terceira posição que ocupava em 2013 e aparece na sexta colocação em 2022, com 6,2% de participação, ante 8,4%. O motivo principal para essa queda foi a perda de relevância da atividade de comércio de veículos.
O pesquisador Marcelo Melo lembra que nos últimos anos o Rio de Janeiro sofreu uma crise econômica, o que pode ser uma explicação para a perda de participação. “Isso pode gerar impacto no comércio da região”, avalia.
No outro extremo, o Mato Grosso saltou do 11º para o sétimo lugar no mesmo período. O destaque no estado foi o comércio por atacado.
O pesquisador Marcelo Melo faz a ressalva de que a mudança de posição no ranking de participação não significa necessariamente que o comércio de uma UF está caindo, e o de outra está crescendo. "Isso é participação no total. Pode significar que um estado está crescendo em velocidade maior que outros”, explica.
São Paulo (28,6% de participação), Minas Gerais (10%), Paraná (8,2%), Rio Grande do Sul (6,8%) e Santa Catarina (6,5%) lideraram a fila em 2022.
Agência Brasil
Portal Santo André em Foco