Lutando para fugir das parte de baixo da tabela do Brasileirão, Corinthians e Grêmio fizeram um jogo bastante disputado, com emoções e também polêmica na Neo Química Arena. Os visitantes estiveram na frente do placar duas vezes, mas o Timão conseguiu buscar o empate. Rodrigo Ely e Villasanti marcaram para o Tricolor, enquanto Yuri Alberto e Garro anotaram para o Timão. Os gremistas reclamaram bastante da marcação do pênalti no primeiro gol corintiano, quando Kannemann puxou o braço de Romero dentro da área - a infração foi assinalada após revisão no VAR.
Como fica
Com o resultado, o Corinthians chega a três jogos sem derrota e segue fora da zona de rebaixamento. O Timão foi a 19 pontos, subindo para o 14º lugar. Já o Grêmio, que tem duas partidas a menos, fica com 15 pontos, na 17ª colocação.
Primeiro tempo
A primeira etapa foi muito intensa, com emoções do começo ao fim. Logo no primeiro minuto de jogo, os gaúchos cobraram falta curta, Soteldo foi à linha de fundo e cruzou na medida para Rodrygo Ely, que subiu mais alto do que a marcação e cabeçou sem chances de defesa. Em desvantagem no placar, os donos da casa se lançaram ao ataque e conseguiram o empate em lance polêmico. Aos 19 minutos, Garro cobrou falta na área e Félix Torres cabeceou para fora. Porém, na jogada Kannemann puxou o braço de Romero, que caiu na área. Após revisão no VAR, o árbitro assinalou pênalti, que foi convertido por Yuri Alberto. A partida seguiu quente, com chances para os dois lados. O Tricolor gaúcho conseguiu marcar o segundo nos acréscimos, com Cristaldo, mas o gol foi anulado por impedimento milimétrico de Nathan no começo da jogada.
Segundo tempo
A etapa final seguiu equilibrada e quente. Aos 10 minutos, Hugo teve boa oportunidade para virar o jogo, mas chutou por cima. Os visitantes criaram oportunidades com Reinaldo e Soteldo. O venezuelano era o mais criativo pelo lado gremista. Já pelo Timão, o mais inspirado era outro estrangeiro: o argentino Rodrigo Garro. Os visitantes voltaram a ficar na frente do placar graças a um vacilo da defesa alvinegra: aos 30 minutos, Félix Torres errou na saída e entregou a bola para Villasanti, que invadiu a área e chutou sem chance de defesa para Hugo Souza. Em desvantagem, o Timão partiu para cima e chegou ao empate 11 minutos depois. Wesley deu bom passe para Garro, que, de fora da área, bateu colocado e marcou um golaço.
Próximos jogos
O Corinthians volta a campo no domingo, contra o Atlético-MG, às 19h, fora de casa. No mesmo dia e horário, o Grêmio recebe o Vasco, na Arena Condá, em Chapecó.
ge
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O Athletico venceu o Cerro Porteño na noite desta quinta-feira, na Ligga Arena, em Curitiba, pelo jogo de volta das playoffs de oitavas de final da Sul-Americana. Os gols do triunfo foram marcados por Mastriani e Cuello. Fernando Fernández descontou para o time paraguaio. Com o resultado (3 a 2 no agregado), o Athletico avança para enfrentar o Belgrano nas oitavas.
Quem vem pela frente
O Athletico avança para enfrentar agora o Belgrano, da Argentina, nas oitavas de final. A Conmebol ainda não detalhou as datas dos confrontos. O jogo de ida será na Ligga Arena, e a volta na Argentina.
Cartão de visitas
O jogo foi movimentado nos primeiros 45 minutos. Com o apoio da torcida, o Athletico começou apertando e chegou ao gol. Cuello fez bonita jogada pela direita e cruzou na medida para Mastriani abrir o placar aos dois minutos. O gol incendiou a Arena. Esquivel cruzou e Mastriani, de novo ele, exigiu boa defesa do goleiro. O Cerro respondeu com Iturbe em cobrança de falta, mas Léo Linck estava atento para defender. No final do primeiro tempo, após lançamento na área, a defesa do Furacão se atrapalhou e quase mandou contra a própria meta. Em desvantagem, o Cerro ensaiou tentar jogar no campo do Athletico, chegou a ter posse, mas faltou contundência. O Furacão fechou a primeira etapa sem sofrer grandes sustos e com a vitória parcial por 1 a 0.
Drama e classificação
Em desvantagem no confronto, o Cerro se mandou ao ataque em busca do gol, mas faltou inspiração. O time paraguaio trocou passes e tentou pressionar a saída de bola do Furacão, mas praticamente não conseguiu criar. Aos 13 minutos, Canobbio cruzou e a bola sobrou para Cuello. O argentino chutou de esquerda e a bola morreu no fundo das redes.
A vitória parecia encaminhada, mas o panorama se alterou aos 20 minutos. Zapelli cometeu falta, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. No lance seguinte, Fernando Fernández aproveitou sobra na área e diminuiu o placar. Com um homem a mais, o time paraguaio passou a ocupar o campo ofensivo. A posse de bola, porém, não se traduziu em grandes chances. Na reta final, Cabañas deixou o braço em disputa com Cuello e também foi expulso pelo árbitro. O Cerro insistiu no apagar das luzes, mas sem sucesso.
ge
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A seleção brasileira feminina de futebol estreou com vitória nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Nesta quinta-feira, o Brasil venceu a Nigéria por 1 a 0, em Bordeaux, com gol de Gabi Nunes, completando bom passe de Marta.
TABELA E PRÓXIMOS JOGOS
Também nesta quinta, a Espanha venceu o Japão por 2 a 1, no outro jogo do Grupo C, e tem os mesmos três pontos do Brasil. Na segunda rodada, a seleção brasileira vai enfrentar a seleção japonesa, quarta-feira, em Paris, às 12h (horário de Brasília).
GABI NUNES: "EU SOU UM MILAGRE"
Autora do gol da vitória brasileira, Gabi Nunes se emocionou ao fim do jogo e destacou seu desejo de disputar pela primeira vez aos Jogos Olímpicos. Aos 27 anos, a atacante do Levante, da Espanha, enfrentou uma sequência de lesões no início da carreira. Para se fortalecer, a jogadora faz um trabalho especial de preparação com uma "comissão técnica" particular.
- Eu sou um milagre, quem sabe a minha história sabe o quanto eu queria estar aqui e viver esse momento. Claro que a gente tem muito o que melhorar, mas estou muito feliz por ter ajudado o time. Agradecer a Deus, agradecer ao time e a cada menina que correu até o fim - afirmou ela após a partida.
GOL TRANQUILIZA O BRASIL
A seleção brasileira não começou bem a partida e levou um susto aos 15 minutos, quando a goleira Lorena precisou fazer duas grandes defesas em sequência. Mas a Nigéria não manteve o ritmo, e o Brasil aos poucos tomou conta da partida, mesmo sem fazer uma grande exibição. Marta chegou a marcar aos 35, mas o lance foi anulado. Um minuto depois, a camisa 10 deu ótimo passe para Gabi Nunes, que recebeu nas costas da defesa e chutou sem chance para a goleira Nnadozie.
ge
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A Polícia Federal encontrou arquivos do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, que mostram orientações sobre como o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria fazer para mentir sobre a segurança das urnas.
Os textos foram obtidos a partir da quebra de sigilos de e-mails de Ramagem – autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, no contexto da operação sobre a existência de uma "Abin paralela".
A existência dos arquivos foi revelada pelo jornal O Globo. O blog também teve acesso às informações.
Segundo as investigações, o conteúdo dos e-mails incluía:
estratégias sobre o que deveria ser dito por Bolsonaro para desacreditar o sistema eleitoral;
as palavras a serem usadas para mentir sobre supostas "vulnerabilidades" das urnas;
argumentos falsos para disseminar informações igualmente falsas sobre os sistemas de votação.
Nos arquivos, Ramagem orienta Bolsonaro a falar constantemente que as urnas não são seguras. E a abandonar o argumento de anulação de votos já que, segundo Ramagem, repetir uma única ideia poderia ajudar na absorção das informações (falsas) pelo público.
Ramagem foi confrontado com esse documento dele no seu interrogatório à PF.
Ramagem subsidiou discurso de Bolsonaro
O documento mostra que Ramagem, além das orientações gerais, entregava a Bolsonaro relatórios para "subsidiar" o discurso golpista e que tentava descredibilizar o sistema eleitoral.
"Por tudo que tenho pesquisado, tenho total certeza de que houve fraude nas eleições de 2018, com a vitória do Sr. Presidente no primeiro turno. Todavia [fraude] ocorrida na alteração de votos", diz um trecho do material de Ramagem.
O sistema eleitoral brasileiro, como já foi comprovado em diversas ocasiões nas últimas eleições, é auditável em todas as suas etapas, da preparação das urnas à divulgação dos resultados.
O resultado das eleições de 2018 e 2022 foi monitorado e validado por observadores nacionais e internacionais. Nenhuma contestação, nessas e em votações anteriores, foi acompanhada de provas.
g1
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O corregedor-geral eleitoral, ministro Raul Araújo, deu prazo de cinco dias para a Polícia Federal concluir um inquérito administrativo aberto em agosto de 2021 para apurar declarações feitas pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas brasileiras.
A decisão de Araújo ocorreu em 28 de junho, mas foi publicada no Diário de Justiça Eletrônica na quarta-feira, 24. “Verifica-se que o prazo concedido para conclusão do mencionado Registro Especial nº 2021.0058802 transcorreu sem manifestação da Polícia Federal nestes autos. Diante disso, oficie-se a autoridade policial responsável para informar a esta Corregedoria-Geral os resultados das investigações referentes ao Registro Especial nº 2021.0058802, no prazo de 5 dias”, determinou.
O inquérito administrativo foi aberto depois de declarações de Bolsonaro - o que inclui lives - sobre suposta fraude nas eleições de 2018, que foram vencidas por ele no segundo. Bolsonaro chegou a dizer que teve mais votos do que o resultado final daquele pleito. O ex-presidente, no entanto, nunca apresentou as provas.
À época da abertura do inquérito, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia decidido que a apuração abrangeria “ampla ‘dilação probatória’, promovendo medidas cautelares para a colheita de provas, com depoimentos de pessoas e autoridades, juntada de documentos, realização de perícias e outras providências que se fizerem necessárias para o adequado esclarecimento dos fatos”.
Foi por meio desse procedimento investigativo que a Justiça determinou a desmonetização de canais e publicações de apoiadores de Bolsonaro considerados propagadores de notícias falsas.
R7 com Estadão Conteúdo
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O motorista da van escolar que transportava o menino de 4 anos que morreu atropelado por um caminhão, na rodovia PB-073, destravou a porta do veículo antes de uma professora descer para retirar a criança, possibilitando que o menino abrisse a porta e atravessasse a pista sem supervisão. A informação foi confirmada pelo delegado Wagner Dortar, responsável por investigar o caso. Luís Fernando foi atropelado após descer da van escolar e atravessar a rodovia, em uma região entre Guarabira e Pirpirituba, na terça-feira (23).
Uma professora era responsável por acompanhar a rota, abrir a porta e desembarcar as crianças. Quando a professora desceu do veículo, a criança abriu a porta e correu para atravessar a rodovia. Ela prestou depoimento na noite de quarta-feira (24).
“É importante frisar, pela minha análise prévia, que o dever de cuidado é inerente ao motorista da van e também da professora. Se a professora estava ali diariamente fazendo a função de desembarcar a criança, como é que ele destravou a van antes mesmo da professora descer? Então já quebrou essa questão do dever de cuidado”, afirmou o delegado.
Identificado como João Ednaldo, o motorista se apresentou na delegacia de Guarabira nesta quinta-feira (25), acompanhado de um advogado e familiares. A defesa do homem afirmou que o acidente foi uma fatalidade, que ele estava cumprindo a rota de sempre, e deixou o menino no mesmo local que estava acostumado. Após o depoimento, o motorista foi liberado.
Ainda de acordo com o delegado, a criança deveria ter sido entregue aos pais e a porta da van não deveria ter sido destravada. Wagner Dorta destacou que a criança de 4 anos não tinha discernimento em relação ao perigo que estava correndo ao abrir a porta.
Outras testemunhas ainda devem ser ouvidas, mas o delegado confirmou que o inquérito deve ser encerrado ainda nesta semana, de forma que responsabilize os envolvidos diretamente na morte da criança. O motorista da van, a professora e o motorista do caminhão respondem o processo em liberdade.
Motorista da van presta depoimento
O motorista da van escolar se apresentou na delegacia de Guarabira e prestou depoimento, na manhã desta quinta-feira (25).
Ainda segundo a defesa, o motorista ligou para o Samu imediatamente, mas o local não tinha sinal telefônico e não conseguiu contato com as equipes. Por medo de causar um novo acidente, considerando que já havia uma aglomeração e que a via era muito movimentada no horário, ele deixou o local e levou todas as outras crianças para casa.
Na van, segundo a defesa, estavam outras crianças menores de 10 anos, que também estariam assustadas com o acidente. O motorista teria levado as crianças para suas respectivas casas com a professora que costumava o acompanhar. Após deixar todos em casa, teria voltado para a prefeitura e aguardou ser chamado para prestar depoimento.
Entenda o caso
Luís Fernando, de 4 anos, morreu atropelado por um caminhão na manhã desta terça-feira (23), logo depois de descer de uma van escolar. O acidente aconteceu na rodovia PB-073, entre Guarabira e Pirpirituba, na Paraíba.
De acordo com informações da Polícia Militar, a criança estava descendo de uma van escolar quando avistou seus familiares do outro lado da rua e, ao tentar atravessar, foi atropelado por um caminhão.
Segundo o sargento Mariano, da Polícia Militar, o homem que dirigia o caminhão deixou o local logo após o atropelamento, mas foi localizado pouco tempo depois do ocorrido em outro ponto mais adiante na rodovia.
O caminhoneiro foi levado pelas autoridades até a delegacia para prestar esclarecimentos. A Polícia Civil vai dar continuidade às investigações quanto ao transporte escolar no qual a criança voltava e o local onde ela foi deixada ao descer do veículo.
g1 PB
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A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu situação de emergência provocada pela estiagem em oito municípios da Paraíba. A portaria foi publicada na edição desta quinta-feira (25) do Diário Oficial da União.
Na lista estão Assunção, Cacimbas, Desterro, Montadas, Riacho dos Cavalos, Santa Cecília, Uiraúna e Umbuzeiro.
Com o reconhecimento, os municípios estão aptos a solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
Como solicitar recursos
Cidades com o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública podem solicitar ao MIDR recursos para ações de defesa civil. A solicitação de recursos pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com o valor a ser liberado.
MaisPB
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A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza Moura, determinou nesta quinta-feira (24) que 85% do efetivo de trabalho seja mantido durante a greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Pela decisão, o percentual mínimo deverá ser mantido em todas as unidades do órgão, conforme determina a legislação em casos que envolvem serviços essenciais. Em caso de descumprimento da determinação, os sindicatos da categoria deverão pagar multa diária de R$ 500 mil.
A decisão da ministra foi motivada por uma ação protocolada pelo INSS para garantir o funcionamento mínimo durante o movimento paredista, aprovado no dia 16 pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
A Fenasps defende a recomposição das perdas salariais, reestruturação de carreiras, incorporação de gratificações, jornada de trabalho de 30 horas para todos e cumprimento das jornadas de trabalho previstas em lei, entre outras pautas.
Proposta
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos apresentou uma proposta à categoria que prevê ganho acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026 para os servidores ativos e inativos. De acordo com a pasta, esse ganho cobre as perdas inflacionárias do governo atual e parte das perdas de gestões anteriores.
A atual proposta também prevê alongamento da carreira de 17 padrões para 20 padrões, manutenção da remuneração de ingresso do nível superior e nível intermediário com valorização do vencimento básico e criação de gratificação de atividade em substituição à Gratificação de Atividade Executiva (GAE).
Agência Brasil
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Brasil e Espanha assinaram nesta quarta-feira (24/7) o Memorando de Entendimento (MOU) para a troca de experiências a fim de melhorar a governança da estrutura do Estado, beneficiando as populações de cada país. A cerimônia aconteceu durante o evento paralelo do G20, States of The Future, no Rio de Janeiro e contou com as assinaturas da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, do ministro para a Transformação Digital e da Função Pública da Espanha, José Luis Escrivá e do secretário-geral do Centro Latinoamericano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD) Conrado Ramos.
Segundo a ministra Esther Dweck, um dos principais desafios a ser enfrentado é a vida laboral dos servidores públicos, que são os agentes da transformação desde sua admissão. “A entrada deve ser muito bem cuidada para que a gente traga pessoas que tenham a cara da sociedade. Isso faz toda a diferença no momento da formulação de políticas públicas”, afirmou. A ministra enumerou ações do MGI como o fortalecimento das leis de cotas e a realização do Concurso Público Nacional Unificado para atrair talentos de todas as regiões do país.
Esta questão também tem sido debatida na Espanha. “Precisamos de pessoas preparadas para serem capazes de antecipar os chamados “cisnes negros”, de desenhar boas políticas, de trabalhar mais interdisciplinarmente”, analisou o ministro espanhol José Luis Escrivá.
Investir no capital humano do serviço público, com uma equipe diversa e qualificada, é fundamental para uma governança eficaz e inovadora, mas esbarra, também, na questão de salário e plano de carreira.
Conrado Ramos, secretário geral do Centro Latinoamericano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD) lembrou que no Brasil as pessoas que trabalham nas áreas de educação e saúde têm rendimentos muito abaixo do mercado. Por outro lado, os cargos que requerem mais qualificação ficam aquém. Além disso, não há muita perspectiva de mobilidade. “No Uruguai, os jovens que entram para o serviço público, passam por sete ou oito agências diferentes dando oportunidades para serem promovidos.”
Considerando a relação sólida e progressiva entre os dois países e a importância da administração pública no desenvolvimento e na cidadania, o acordo abrange áreas como governo digital, inovação, gestão de pessoas e inclusão e terá a duração de quatro anos.
Transformação do Estado
Os três participaram do painel “Transformação do Estado no século XXI” que contou ainda com a presença de Marsha Caddle, ministra da indústria, ciência e tecnologia de Barbados e Geraldine Fraser-Moleketi, presidente da Thabo Mbeki Foundation e mediação do jornalista Bernardo Mello Franco.
O States of Future é realizado pelos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), das Relações Exteriores (MRE), do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A organização é da Maranta e da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI). Apoiam o States of the Future a Open Society Foundations e a República.org.
Agência Gov
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O assessor especial para a política externa, Celso Amorim, estará na Venezuela no próximo domingo (28) como representante do governo brasileiro nas eleições presidenciais do país comandado por Nicolás Maduro.
“Em princípio, não desmarquei. Tudo é conversável, as coisas evoluem, mas estou programado para ir. E foi dito explicitamente que eu seria bem-vindo”, falou Amorim.
Segundo o assessor, o objetivo da visita é “contribuir para uma eleição correta e limpa. Que quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”.
Semana conturbada
A relação entre os governos do Brasil e da Venezuela deu uma estremecida nos últimos dias após troca de farpas entre o presidente Lula e Maduro. Depois de Lula se dizer “assustado” com a fala do venezuelano sobre um possível banho de sangue em caso de derrota nas urnas, Maduro, sem citar nomes, disse que quem se assustou deveria tomar um chá de camomila.
O presidente da Venezuela também fez acusações mentirosas de que o Brasil não tem eleições com auditorias. Por conta disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quarta-feira (24) não enviar observadores para acompanhar o pleito venezuelano.
Apesar dessa turbulência entre os dois países, Amorim disse ao blog que a sua presença foi uma decisão do próprio presidente Lula.
“Cada hora acontece algo. Ontem conversei com Lula e chegamos à conclusão de que era bom ir, ele chegou. Hoje não falei com ele ainda: as coisas evoluem, vamos conversar. Mas estou programado para ir”, garantiu.
Sobre as críticas de Maduro ao Brasil, Amorim avalia que “não foram ofensivas conosco, que foram alusões. “Eu acho que não podemos [entrar] no jogo de piorar as coisas”.
Sobre a decisão de o TSE não enviar observadores, Amorim diz que a decisão ocorreu porque houve um ataque direto ao órgão, o que ele chamou de “crítica específica”.
Eleições na Venezuela
A Venezuela realiza eleições sob desconfiança da comunidade internacional de que o regime de Nicolás Maduro não assegure votações livres e democráticas. O pleito está marcado para domingo (28).
O principal concorrente do atual presidente, escolhido a partir de uma coalizão de partidos opositores, é o ex-diplomata Edmundo González.
González foi anunciado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) após Corina Yoris ter sido impedida de concorrer às eleições presidenciais. Em março, a PUD declarou que o “acesso ao sistema de inscrição” da candidata não tinha sido permitido.
O governo do Brasil manifestou apoio a Yoris ao afirmar que não havia motivos para barrar a candidatura. O regime de Maduro reagiu dizendo que a nota brasileira parecia ter sido "ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos".
Antes, a opositora María Corina Machado, uma das favoritas a desbancar Maduro, havia sido afastada da corrida eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista.
Em outubro de 2023, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, segundo o qual haveria eleições democráticas na Venezuela.
g1
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