Mai 10, 2025
Arimatea

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As tropas ucranianas perderam o controle de duas localidades da região do Donbass, no leste do país, em meio a combates para manter sua soberania nas cidades de Severodonetsk e Lysychansk, informou o governador de Lugansk.

"Perdemos o controle de Loskutivka e de Rai-Oleksandrivka", disse Serguei Gaiday, em referência a duas localidades que ficam ao sudeste de Lysychansk.

Com a captura, as tropas russas conseguiram avançar ainda mais no Donbass, onde parecem estar perto de cercar os dois núcleos urbanos de Severodonetsk e Lysychansk, separados pelo rio Donets.

Gaiday afirmou que as forças russas tentam assumir o controle de Severodonetsk, uma cidade industrial que antes da guerra tinha quase 100 mil habitantes e que os militares ucranianos tentam defender.

O exército russo está "executando operações de ataque para cercar nossas tropas na área de Lysychansk estão bloquendo a estrada entre esta cidade e Bakhmut", acrescentou.

"Severodonetsk está sendo destruída, todas as posições de nossas forças estão sendo bombardeadas dia e noite", destacou Gaiday.

Os russos estão "atacando Syrotyne", acrescentou, em referência a outro subúrbio do sul de Severodonetsk.

AFP
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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, se disse confiante nesta quinta-feira (23) do sinal verde para que a Ucrânia receba o status de país candidato a entrar no bloco durante a cúpula que acontece em Bruxelas, o que classificou de "momento histórico".

"Acredito que serão confirmadas hoje as perspectivas europeias para Ucrânia, Moldávia e Geórgia", disse o francês, na chegada para o encontro de chefes de Estado e de governo da União Europeia e dos Balcãs Ocidentais.

Para Michel, se trata de uma "decisão extremamente importante para o futuro", o que torna este um "momento histórico no plano geopolítico".

O presidente do Conselho Europeu garantiu também que os Balcãs Ocidentais são "uma prioridade para a União Europeia”.

A Agência Efe teve acesso ao rascunho das conclusões da cúpula do bloco, que indica que "o Conselho Europeu decidiu conceder status de país candidato à Ucrânia e à República da Moldávia".

Este será o primeiro passo para a adesão dos dois países, em processo que pode ser reversível, se não forem cumpridas reformas exigidas pela Comissão Europeia, em campos com independência judiciária, luta contra corrupção e crime organizado, além de aplicação da lei que limita o poder dos oligarcas.

Em dezembro, será publicado pelo Conselho Europeu um novo informe, detalhando o ponto em que Ucrânia, Moldávia e Geórgia se encontram.

AFP
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A aprovação do presidente norte-americano, Joe Biden, caiu pela quarta semana consecutiva, para 36%, igualando o patamar mais baixo, atingido no fim de maio, segundo uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos divulgada na quarta-feira (22).

O índice de aprovação do presidente está abaixo de 50% desde agosto, um sinal de alerta de que o Partido Democrata pode perder o controle de pelo menos uma das Casas do Congresso nas eleições legislativas de 8 de novembro.

Para 34% dos norte-americanos, a economia é a questão mais importante nos Estados Unidos. Biden lida com a maior inflação em 40 anos, com a invasão da Ucrânia pela Rússia restringindo o fornecimento global de combustível e cadeias de abastecimento ainda limitadas pela pandemia de Covid-19.

No seu partido, o índice de aprovação de Biden permanece praticamente intacto desde a semana passada, 73%, em comparação a 74% em 15 de junho. Em agosto, 85% dos democratas aprovavam o governo de Biden.

Mas entre republicanos, a aprovação de Biden caiu para 7%, em comparação com 11% em 15 de junho. Apenas 18% dos norte-americanos pensam que o país está indo na direção certa.

O índice de aprovação de Biden está se aproximando — mas ainda não chegou lá — dos menores patamares do seu predecessor, Donald Trump, que teve 33% de aprovação em dezembro de 2017.

Reuters
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Equipes de emergência tentavam nesta quinta-feira (23) socorrer as vítimas de um terremoto que deixou pelo menos mil mortos no sudeste do Afeganistão em meio a condições adversas devido à falta de recursos, ao terreno montanhoso e a fortes chuvas.

O terremoto, de 5,9 graus de magnitude, aconteceu na madrugada de quarta-feira (22) em uma região rural pobre e de difícil acesso, perto da fronteira com o Paquistão.

As consequências do terremoto são um desafio para o Talibã, que retomou o poder em agosto do ano passado, em um país que já enfrenta uma profunda crise econômica e humanitária.

Este foi o terremoto com o maior balanço de vítimas no Afeganistão em mais de duas décadas. Ao menos mil pessoas morreram e 1.500 ficaram feridas apenas na província de Paktika, a mais afetada.

As autoridades temem que haja um número de mortos ainda maior porque muitas pessoas continuam presas sob os escombros de casas.

"É muito difícil obter informações da região devido à rede telefônica ruim", declarou à AFP Mohammad Amin Huzaifa, secretário de Informação e Cultura de Paktika.

Ele também explicou que o acesso é difícil porque a "região foi afetada durante a noite por inundações provocadas por fortes chuvas", que também causaram deslizamentos que atrasaram os trabalhos de resgate e afetaram as linhas telefônicas e de energia elétrica.

O governo do Talibã mobilizou o Exército, apesar dos recursos financeiros muito limitados após o congelamento de ativos no exterior e a interrupção da ajuda internacional ocidental, que apoiou o país durante 20 anos.

AJUDA INTERNACIONAL
O Afeganistão tem um número reduzido de helicópteros e aviões. A ONU, que anunciou que pelo menos 2.000 casas foram destruídas — cada uma com média de sete ou oito habitantes —, também apontou a falta de equipamentos para retirar os escombros.

Um vídeo da AFP mostra um grupo de homens retirando os escombros de uma casa com as mãos para encontrar um corpo.

O governo do Talibã, não reconhecido, pediu ajuda à comunidade internacional e a organizações humanitárias. Mas o cenário é difícil e as agências da ONU estão menos presentes no país desde que o Talibã retornou ao poder.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, garantiu que a ONU está "plenamente mobilizada" para ajudar o Afeganistão, com o envio de medicamentos e alimentos.

O Ocha (Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários), da ONU, destacou que a prioridade para a população é proteger-se das chuvas e das temperaturas baixas.

O Talibã anunciou nesta quinta-feira que havia recebido dois aviões com ajuda do Irã e do Catar. Também chegaram a Paktika oito caminhões com alimentos e outros materiais do vizinho Paquistão.

"Nosso país é pobre e tem poucos recursos. É uma crise humanitária. É como um tsunâmi", declarou à AFP Mohammad Yahya Wiar, diretor de um hospital em Sharan, capital de Paktika.

Dezenas de feridos foram levados a hospitais, como Bibi Hawa, uma mulher de 55 anos do distrito de Gayan que perdeu 15 parentes na tragédia.

"Morreram sete que estavam em um quarto, cinco em outro e três em outro", afirmou, sem conter as lágrimas. "Agora estou sozinha, não tenho ninguém."

O Afeganistão sofre terremotos com frequência, em particular na cordilheira de Hindu Kush, localizada na união das placas tectônicas eurasiática e indiana.

O terremoto mais letal da história recente do Afeganistão (5.000 mortos) ocorreu em maio de 1998 nas províncias de Takhar e Badakhshan.

R7
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O Banco Central (BC) projetou, para 2022, alta de 1,7% do Produto Interno bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. A previsão anterior, divulgada em março, era de um crescimento de 1%. A revisão foi apresentada hoje (23) pelo diretor de Política Econômica do BC, Diogo Abry Guillen, em coletiva de imprensa que contou com a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

O anúncio foi uma prévia do relatório trimestral de inflação, adiado para o dia 30, devido à greve de servidores do órgão.

De acordo com nota do BC, há expectativa de “arrefecimento da atividade no segundo semestre” em decorrência dos “os efeitos cumulativos do aperto monetário; da persistência de choques de oferta; e das antecipações governamentais às famílias para o primeiro semestre”.

Guillen cita como principais componentes da demanda doméstica a alta no consumo das famílias e o recuo dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo - FBCF).

Inflação
O BC aumentou as projeções para a inflação nos próximos três anos. Para 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado passou dos 6,3%, previstos em março, para 8,8%, nesta projeção de junho. O centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano está em 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2023, ano em que a meta está em 3,25%, o BC projeta inflação de 4%, ante aos 3,1% divulgados em março. Já para 2024, ano em que a meta definida pelo CMN está em 3%, as projeções passaram de 2,3% para 2,7%.

Credibilidade
Perguntado se a credibilidade do sistema de metas de inflação poderia ser afetada, em meio ao cenário de incertezas, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse trabalhar também com uma “meta secundária de suavização, olhando um pouco o balanço de tudo que fizemos e o balanço de riscos que existe hoje, e como isso influencia as decisões futuras”.

“Temos comunicado que estamos perseguindo um número ao redor. E temos dito que não é 4%. É menos de 4% [em 2023]. Obviamente, todas relações de trocas entre alta de juros e suavização do ciclo – entendendo onde a taxa de juros tem de chegar e entendendo também as relações de troca entre o ritmo de subida e a taxa terminal, e quanto a taxa tem de ficar no nível terminal – tudo é levado em consideração”, argumentou.

“O horizonte relevante é 2023, e o ao redor da meta é abaixo de 4%. Claro que caso chegue a 4% teremos de atuar, mas uma variação de + 0,1 ou +0,2, para um lado ou outro nesse ambiente de incerteza, não tem um valor esperado tão positivo. É mais claro delinear uma estratégia, olhar um prazo de horizonte relevante e delinear uma estratégia”, completou.

Matéria alterada, às 15h50, no quarto parágrafo para esclarecer informação sobre os investimentos.

Agência Brasil
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A Receita Federal arrecadou R$ 165,3 bilhões em tributos em maio de 2022. Considerando a inflação acumulada ao longo do último ano, a cifra é 4,13% superior ao montante arrecadado no mesmo mês de 2021. O resultado de maio é o maior da série histórica, iniciada em 1995, em valores corrigidos pela inflação.

Com o resultado, apenas os cofres públicos federais já receberam R$ 908,55 bilhões em tributos federais pagos pelos contribuintes entre janeiro e maio deste ano. Valor 9,75% superior ao dos cinco primeiros meses de 2021.

“Esta arrecadação está vinculada ao volume da produção de petróleo e também à cotação do barril, uma commodity internacional. E também sofre interferência da variação cambial. Todos esses crescimentos têm que ser analisados com base nestas considerações”, explicou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, o auditor fiscal Claudemir Malaquias.

A análise das fontes de receitas revela que a arrecadação mensal com Rendimentos de Capital (IRFF) registrou um acréscimo de 59,5% em comparação ao total recolhido em maio de 2021, totalizando R$ 5,8 bilhões.

Em termos absolutos, contudo, a arrecadação com receitas previdenciárias movimentou a maior cifra: R$ 43,52 bilhões (acréscimo de 9,42% em comparação a maio de 2021). Em seguida vêm as receitas obtidas com a cobrança do Cofins/Pis-Pasep (R$ 32,30 bilhões) e IRPJ/CSLL (25,11 bilhões).

A Receita Federal atribui o aumento de 9,42% da arrecadação da contribuição previdenciária ao aumento da massa salarial e pelo crescimento dos recolhimentos efetuados pelas empresas que recolhem o Simples Nacional. E o acréscimo de 59,5% na arrecadação do IRRF à alta da taxa básica de juros, a Selic, o que influenciou os recolhimentos dos rendimentos dos fundos e títulos de renda fixa.

Os principais indicadores traçam uma melhora da atividade econômica entre janeiro e maio deste ano, o que também ajuda a explicar a alta da arrecadação (veja na tabela abaixo). Um dos destaque foi o crescimento de 27,2% da arrecadação obtida a partir dos valores em dólares das importações, quando comparados os meses de maio de 2021 e de 2022.

Outro destaque, segundo Malaquias, foi o crescimento de 19,4% da arrecadação do Imposto de Renda entre janeiro e maio deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. “Tivemos o crescimento da arrecadação do Imposto de Renda retido na fonte sob ganhos de capitais de quase 50% [48,9%] e o desempenho do Simples Nacional, cuja arrecadação apresentou, no período, um crescimento de 30,8%, já descontada a inflação”.

Agência Brasil
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A fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, no interior de São Paulo, fechou um acordo com os funcionários, que prevê a redução da jornada de trabalho com diminuição de salários para tentar passar pela crise ocasionada pela falta de componentes eletrônicos e peças, o que continua prejudicando a produção nas montadoras. Mesmo com a alta demanda, os veículos não são finalizados, o que gera diminuição do trabalho.

Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a medida está assegurada por acordo válido por cinco anos, firmado pelo sindicato, e a decisão foi comunicada aos trabalhadores, ontem, em assembleias internas. O programa, que tem percentual de redução de 24% da jornada e 12% nos salários, sendo cinco dias a menos de trabalho, será implantado logo após o término das férias coletivas que vão de 27 de junho a 7 de julho.

Menor impacto
Segundo o diretor administrativo do sindicato e representante na Volks, Wellington Messias Damasceno, a opção pela redução de jornada tem menor impacto na cadeia produtiva e para os trabalhadores terceirizados.

“A Volks queria parar um turno, nós negociamos para, ao invés disso, reduzir a jornada e manter os turnos funcionando, o que diminui o impacto na cadeia de produção, nos fornecedores e, sobretudo, nos terceirizados que não têm o mesmo acordo que os trabalhadores da Volks”, explicou.

De acordo com o sindicato, a medida será avaliada mês a mês e pode sofrer alterações até a normalização da situação, que não tem data prevista para ocorrer.

Por meio de nota, a Volkswagen confirmou a adoção de novas medidas de flexibilização da mão de obra na unidade de São Bernardo do Campo, previstas em Acordo Coletivo de Trabalho com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, durante o mês de julho, em razão da falta de componentes.

Agência Brasil
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O número de empresas e outras organizações ativas no Brasil cresceu 3,7% entre 2019 e 2020, chegando a 5,4 milhões. Mesmo com esse aumento, o total de pessoas ocupadas assalariadas em empresas diminuiu 1,8% no mesmo período, o que significa 825,3 mil postos de trabalho formais a menos no país.

As mulheres foram as que mais perderam postos de trabalho. Os dados são da pesquisa Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2020 divulgada hoje (23), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É a primeira vez, na série histórica do estudo, desde 2008, que a queda no número de assalariados ocorreu ao mesmo tempo em que houve aumento expressivo no total de empresas. Esse movimento pode ter sido ocasionado, de acordo com o instituto, por pessoas que foram demitidas e tentaram abrir seu próprio negócio ou por quem buscava compensar as perdas de renda nesse período.

“A gente não imagina, em período de forte crise econômica, ter aumento de empresas. Mas, ao mesmo tempo, isso é explicado pelo crescimento de empresas que não possuem assalariados”, disse o gerente da pesquisa, Thiego Ferreira.

“Apesar de todos os esforços, inclusive políticos, e das políticas públicas para manter os empregos, ocorreram, naturalmente, demissões. Muita gente teve redução na renda ou porque foi demitida ou porque teve diminuição da jornada de trabalho e isso pode ter motivado a busca dessas pessoas por abrirem seus próprios negócios”, argumentou.

Menos funcionários e salários menores
Entre 2019 e 2020, o número de empresas sem empregados assalariados cresceu 8,6%, o que significa 227,3 mil empresas a mais em 2020. Já as empresas com assalariados recuaram em todas as faixas analisadas. As com um a nove empregados caíram 0,4%; as com 10 a 49 empregados, 5,3%; as com 50 a 250 assalariados, 2,3%; e as com mais de 250 funcionários tiveram uma redução de 1%.

Os dados mostram, ainda, que o salário médio pago pelas empresas do país em 2020 caiu 3% em relação a 2019, chegando a R$ 3.043,81, ou o equivalente a 2,9 salários mínimos. Já a massa salarial, que atingiu R$ 1,8 trilhão, teve um recuo de 6% em relação a 2019, o que representou, segundo o IBGE, a maior redução na série histórica da pesquisa. Essa perda salarial foi, segundo o instituto, intensificada pela redução no número de assalariados.

Em relação às unidades federativas, o Distrito Federal e o Amapá registraram os maiores salários: o DF com uma remuneração média mensal 5,3 salários mínimos e o Amapá com 3,7 salários, ambos seguidos pelo Rio de Janeiro e São Paulo com 3,3 salários mínimos cada. Esses dois estados concentram mais de um terço dos assalariados do país. Já os menores salários foram anotados na Paraíba - salário médio mensal de 2,1 salários mínimos -, seguido do Ceará e Alagoas: 2,2 salários mínimos cada.

Mulheres mais impactadas
Segundo o IBGE, as mulheres foram as que mais perderam postos de trabalho em empresas. Em 2020, enquanto o número de homens assalariados caiu 0,9%, em relação a 2019 o total de mulheres recuou 2,9%. Dos 825,3 mil postos de trabalho perdidos entre 2019 e 2020, 71,9%, o equivalente a 593,6 mil vagas, eram ocupados por mulheres.

Diante desse cenário, a participação feminina entre os assalariados das empresas formais do país diminuiu, pela primeira vez, desde 2009. O percentual de postos ocupados por mulheres passou de 44,8% em 2019 para 44,3% em 2020, a menor participação feminina desde 2016.

“Apesar de ser uma queda de 0,5%, ela revela um comportamento que tem relação com a pandemia. Quando procuramos entender melhor esses números, o que encontramos como justificativa são dois movimentos. Houve um crescimento de ocupações em setores que usualmente empregam mais homens e, por outro lado, uma redução dos segmentos que empregam mais mulheres”, explicou o gerente da pesquisa.

De acordo com Ferreira, setores como o de construção, com empregados majoritariamente homens, cresceram, enquanto segmentos com funcionários majoritariamente mulheres - educação e alimentação - reduziram os postos no primeiro ano de pandemia.

Perdas em alimentação e cultura
Segundo a pesquisa do IBGE, as maiores reduções de assalariados foram nos segmentos de alojamento e alimentação, com uma queda de 373,2 mil; administração pública, defesa e seguridade social ( 233,9 mil); e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (221,7 mil funcionários a menos).

Na outra ponta, o aumento mais significativo foi no setor de saúde humana e serviços sociais, com mais 139,3 mil assalariados.

O gerente da pesquisa destacou, ainda, que as áreas de alimentação e de arte, cultura, esporte e recreação tiveram as maiores perdas de assalariados da série histórica. Esses percentuais são respectivamente 19,4% e 16,4%.

“As características desses setores já contribuem para terem sofrido efeitos da pandemia. Mais ainda a natureza da pandemia, que envolveu distanciamento social. As pessoas não vão para restaurantes para evitar contaminação, têm receio de comer fora, fora os lockdowns. Por mais que tivesse muita garantia de segurança, [elas] não podiam sair”, explicou Ferreira.

O Cempre é um banco de dados mantido pelo IBGE com informações cadastrais e econômicas da grande maioria das empresas e outras organizações legalmente constituídas no Brasil.

Integram esse banco empresas inscritas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), da Secretaria Especial da Receita Federal. Microempreendedores individuais não fazem parte do levantamento.

Agência Brasil
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A entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ajudará a destravar a ratificação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), disse o chanceler Carlos França. Em entrevista exclusiva à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o ministro das Relações Exteriores afirmou que a análise do “roteiro de acessão” (plano de adesão) do Brasil à OCDE deverá durar dois ou três anos, mas assegurou que o governo brasileiro está trabalhando para acelerar o processo e antecipar esse prazo.

“Sem dúvida que, o Brasil passando a ter assento na OCDE, que congrega embaixadores da maioria dos países da União Europeia, passaremos a ter um diálogo privilegiado com esses países. Esse sim, é um fator facilitador para que possamos transmitir a esses países a visão brasileira sobre todos esses assuntos que temos aqui: meio ambiente, produtividade, inclusão social e governança pública e privada”, declarou o ministro durante o evento Semana Brasil-OCDE, que ocorre até sexta-feira (24) em Brasília.

Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. No entanto, diversos países europeus suspenderam a aprovação do acordo, o que exigirá negociações adicionais.

Adesão
Em relação ao processo de adesão à OCDE, o chanceler explicou que o “roteiro de acessão” recebido pelo Brasil no último dia 10, em Paris, funciona como um mapa do caminho com as políticas necessárias para que determinado país faça parte do grupo. Até o fim do ano, afirmou França, o país enviará um memorando inicial, quando o pedido de adesão será formalizado.

Segundo o chanceler, o Brasil leva vantagem porque, dos 257 instrumentos normativos da OCDE, o país aderiu a 112. Para entrar no grupo, que reúne as economias mais industrializadas do planeta, mas tem se expandido nos últimos anos, é exigida a adesão a pelo menos 229 instrumentos legais. “O Brasil é o país que historicamente aderiu ao maior número de instrumentos antes mesmo do processo de acessão”, destacou.

O ministro ressaltou que um dos indícios de que a OCDE terá boa vontade para acelerar o processo de adesão é que os comitês temáticos que examinarão o plano brasileiro trabalharão paralelamente, sem a necessidade de esperar um comitê encerrar as atividades para iniciar outro. Há a previsão da montagem de pelo menos quatro comitês temáticos: tributação, meio ambiente, direitos humanos, governança (pública e privada) e produtividade.

Compromissos
De acordo com Carlos França, o governo brasileiro está empenhado com as diretrizes básicas da OCDE. Os eixos, enumerou, são os seguintes: melhores práticas de governança pública, maior transparência, luta contra a corrupção e criação de um melhor ambiente de negócios (facilitação aduaneira e desburocratização do comércio exterior, do recolhimento de impostos, da abertura de negócios e da organização interna de empresas).

“O caminho para a modernidade, para trazer mais investimentos ao Brasil, demanda justamente a acessão a esses princípios. São princípios que eu entendo que a sociedade brasileira quer. Nós pensamos que essa é uma política de Estado”, comentou Carlos França. Ele lembrou que, desde 2015, o Brasil é parceiro-chave da OCDE e está atento às diretrizes da organização internacional.

Nos próximos meses, explicou o chanceler, o governo pretende discutir a adesão aos instrumentos legais que ainda faltam com o Congresso Nacional, com instituições empresariais, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e com a sociedade. O ministro diz ter se reunido com deputados e senadores e recebido a indicação de que o Congresso está disposto a acelerar as votações necessárias.

América Latina
França concedeu entrevista à EBC após a transferência da copresidência do Programa Regional da OCDE para a América Latina e o Caribe, projeto de aproximação da OCDE com os países do continente. Após três anos copresidido pelo Brasil e pelo México, o programa passou a ser comandado pela Colômbia e pelo Paraguai.

Segundo o chanceler, o Brasil e o México trabalharam em três pilares fundamentais do programa regional da OCDE: produtividade, inclusão social e governança. Ao longo da gestão foi incluído um quarto pilar, da proteção ambiental. Por meio do programa regional, a OCDE e os países latino-americanos e caribenhos discutem políticas públicas para o continente.

“Esse programa [regional] nos permite, tendo um contato maior com a OCDE, conhecer quais são os objetivos dessa organização, seus padrões mais elevados e entender as diretrizes que eles estabelecem. Não apenas no processo de acessão, mas muito antes dele”, explicou o ministro.

Desafios
Presente à troca de comando, o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, disse que a América Latina enfrenta uma série de desafios impostos pela pandemia de covid-19 e pela guerra entre Rússia e Ucrânia. “As economias do planeta, incluindo a América Latina, estavam se recuperando relativamente forte, relativamente rápido [da pandemia]. Agora, o mundo convive com a guerra na Ucrânia, que está reduzindo o crescimento global e aumentando a inflação”, declarou.

Para Cormann, a América Latina e o Caribe têm desafios de longa data, que exigem reformas estruturais, aos quais se acrescentaram diversos problemas nos últimos anos. “Devemos fornecer respostas à mudança climática. Temos a aspiração de otimizar os benefícios e as oportunidades da transformação digital nas nossas economias e sociedades. Precisamos ainda perseguir a expansão sustentável do comércio global dentro de um sistema internacional de comércio plenamente operacional”, acrescentou.

A OCDE tem 38 membros, dos quais quatro são latino-americanos: México, Chile, Colômbia, e Costa Rica. O Brasil e Peru foram convidados no início do ano e estão discutindo o plano de adesão, com o “roteiro de acessão” aprovado junto com o de outros três países europeus: Bulgária, Croácia e Romênia. A Argentina foi convidada em 2019, mas ainda está na fase de diálogos.

Agência Brasil
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Uma farmácia foi arrombada na madrugada desta quinta-feira (23), na Avenida Epitácio Pessoa, em João Pessoa. De acordo com o funcionário que trabalha na empresa que faz a segurança do local, o alarme foi acionado por volta das 4h.

O vidro da frente da farmácia foi quebrado e uma grade que ficava na frente do estabelecimento também foi retirada.

Até as 6h15 desta quinta-feira não havia informações do que foi roubado do local. Uma funcionária informou que essa não é a primeira vez que a farmácia é alvo de assaltos. A Polícia Militar foi acionada ao local.

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