Evo Morales, o ex-presidente da Bolívia, deixou a Argentina, onde estava asilado desde dezembro, e foi para Cuba, de acordo com notícias publicadas por jornais de Buenos Aires nesta segunda-feira (10).
Ele renunciou ao governo boliviano em novembro do ano passado, depois de ser pressionado pelo exército do país.
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, disse em uma entrevista a uma rádio que acredita que Evo tenha viajado para se submeter a cuidados médicos. “Parece que ele está em tratamento e precisava viajar. Ele conversou comigo há alguns dias. Como refugiado, ele não tem nenhum impedimento para ir para Cuba. Ele tem direitos que ele pode exercer”, afirmou o líder argentino.
Assessores de Evo, então, emitiram um comunicado no qual informavam que ele viajou no domingo (9) para Havana, por motivos de saúde, e que ele deverá voltar no próximo fim de semana.
Evo estava na Argentina desde o dia 10 de dezembro. Antes, ele esteve no México, para onde foi logo depois de renunciar.
Ele havia concorrido em eleições presidenciais e foi o vencedor –seria o seu quarto mantado seguido. No entanto, houve denúncias de fraude eleitoral.
No dia 10 de novembro de 2019, a OEA (Organização dos Estados Americanos) publicou um relatório parcial com denúncias de irregularidades. Naquele mesmo dia, Evo convocou novas eleições, mas não foi o suficiente: o exército exigiu sua saída.
Evo renunciou ao resto de seu mandato. Dois dias depois, chegou ao México como asilado político.
Ele ficou lá durante quase um mês. Antes de viajar para Buenos Aires, esteve em Cuba, para onde voltou no domingo (9).
No começo deste mês, Evo formalizou sua candidatura ao Senado da Bolívia, segundo informações do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) do país.
G1
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