Os franceses voltaram às ruas nesta sexta-feira (24), 51º dia de protestos por causa do projeto de governo que pretende introduzir um sistema previdenciário único no país. Este é o sétimo dia de protestos em massa desde que o movimento de contestação teve início em 5 de dezembro.
Os líderes sindicais admitem que estão em um momento crucial, antes da apresentação do texto no Parlamento, onde a maioria do presidente Emmanuel Macron pode aprová-lo.
Recentemente, os sindicatos passaram a optar por outros formatos de protesto, como o bloqueio de portos, cortes de energia e mais ações midiáticas. Alguns episódios revelam uma certa radicalização.
As linhas do metrô de Paris registraram fortes atrasos nesta sexta, embora o serviço tenha sido praticamente normalizado esta semana.
O tráfego ferroviário foi menos afetado, e os trens internacionais operam normalmente.
A Torre Eiffel fechou, porque parte de seus funcionários se juntará aos protestos, segundo a agência que opera o monumento.
Proposta do governo
O projeto procura unificar os 42 sistemas atuais - alguns dos quais preveem certos benefícios a alguns setores, como funcionários públicos e advogados - e estabelecer um novo sistema de cálculo, por pontos.
Ao mesmo tempo, prevê aumentar para 64 a idade para aposentadoria integral, dois anos a mais do que está hoje em vigor.
Diante da oposição sindical, o governo retirou provisoriamente esse segundo ponto, mas exigiu, em troca, que as organizações sindicais e patronais encontrassem soluções alternativas para garantir o equilíbrio do sistema previdenciário.
Ameaças contra ministros
Nesta semana, dois ministros – Gérald Darmanian (Contas Públicas) e Bruno Le Maire (Economia) – receberam cartas com ameaças de morte. As correspondências, enviadas por desconhecidos, tinham cartuchos de bala nos envelopes e bilhetes com a seguinte advertência: "Ou você convence Macron que já chega, que ele deve retirar sua reforma, ou será o massacre". O Ministério Público abriu uma investigação para identificar os autores das ameaças, de acordo com a RFI.
No sábado à noite, o presidente Macron também enfrentou um protesto enquanto estava no teatro em Paris. O presidente francês e a primeira-dama, Brigitte, ficaram até o fim da peça, mas deixaram o teatro sob forte escolta policial.
G1
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