32 agentes penitenciários, incluindo o diretor do presídio de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, foram transferidos na manhã desta quarta-feira (22) para o local onde trabalhavam, na fronteira do país com o Brasil. Eles são acusados de facilitarem a fuga de 76 integrantes de uma facção criminosa brasileira no último domingo (19), em troca de R$ 330 mil.
Os agentes estavam detidos em um prédio da polícia paraguaia desde segunda-feira, aguardando a decisão da prisão preventiva, decretada nesta quarta pela justiça paraguaia. As buscas e investigações para encontrar os foragidos seguem dos dois lados da fronteira. Até a noite de terça, cinco haviam sido recapturados.
De acordo com o jornal paraguaio "ABC Color", um sexto fugitivo se entregou hoje, em Pedro Juan Caballero. Ainda segundo o jornal, o paraguaio Cristian Javier Benítez Vera foi até a polícia a pedido dos pais, por não querer mais viver "em clandestinidade".
Aos policiais, Cristian teria afirmado que não pertence a nenhuma facção criminosa e que os "chefões" do crime teriam saído do presídio pelo portão principal, antes da fuga em massa pelo túnel.
Mesmo com todo o esforço para a recaptura dos fugitivos, o chefe de investigações da polícia paraguaia Feliciano Martinez, afirma que muitos deles já estariam fora de alcance. "Temos a informação que 15 ou 20 pessoas já estariam longe daqui. Nosso foco é tentar capturar o restante, já que estão sem logística e em alguns dias terão de sair da região para conseguir dinheiro e comida", disse, em entrevista à TV Morena.
Nesta terça-feira, várias perícias foram realizadas na Penitenciária de Pedro Juan Caballero. O túnel foi um dos locais vistoriados e o objetivo da polícia é saber como foi a fuga e quanto tempo os fugitivos levaram para deixar o prédio.
Em Ponta Porã, o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) triplicou o policiamento. Há policiais sul-mato-grossense fazendo fiscalizações também na divisa com São Paulo.
G1
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