A ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, foi eleita a 'pessoa do ano' pela revista "Time" nesta quarta-feira (11). Ela ganhou fama e inspirou movimentos estudantis na luta contra o aquecimento global e em defesa da natureza. A estudante é a mais jovem a ser indicada individualmente ao título.
Em 2018, Greta deixou de ir a aulas nas sextas-feiras em Estocolmo para protestar contra o aquecimento global. O ato solitário ganhou apoio nas redes sociais e se tornou uma campanha mundial conhecida como "Fridays For Future" (ou 'Sexta-feiras pelo Futuro', em tradução livre).
Ela já discursou eventos internacionais como a Cúpula do Clima (Nova York), Conferência do Clima da ONU e o Fórum Econômico Mundial.
Em março deste ano, em entrevista ao G1, Greta afirmou que poucos adultos estão escutando as demandas dos jovens. "Eles estão ocupados fazendo outras coisas para serem reeleitos", disse ela.
Até 2019, a pessoa mais jovem a ser indicada ao título de 'pessoa do ano' tinha sido o pioneiro americano da aviação Charles Lindbergh que, em 1927, tinha 25 anos.
Greta apareceu na lista de termos mais procurados no Google em 2019. Ela ficou sétimo lugar na categoria "nomes" mais buscados no mundo.
'Pirralha'
Um dia antes de Greta ser nomeada “Pessoa do Ano”, o presidente Jair Bolsonaro criticou o espaço dado pela imprensa para a ativista, a quem chamou de “pirralha”.
Isso porque, no sábado (7), Greta compartilhou um vídeo sobre as mortes dos indígenas brasileiros e escreveu que esses povos são assassinados ao tentar proteger a floresta do desmatamento ilegal.
"A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, pirralha", declarou o presidente.
Horas depois da fala do presidente brasileiro, Greta mudou a sua apresentação no Twitter para "Pirralha".
Trajetória de Greta em 7 tópicos
Escolhidos em outros anos
A revista Time explica que, anualmente, solicita aos editores para que escolham uma pessoa que teve maior impacto nas notícias, boas ou más.
No ano passado, a Time escolheu jornalistas mortos e presos como “Pessoa do Ano” — em alguns casos, mais de um indivíduo recebe o título. Veja quem recebeu a homenagem da revista nos anos anteriores:
G1
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