Holandeses e britânicos deram início nesta quinta-feira (23) às eleições para escolha dos seus representantes para o Parlamento Europeu. Mais de 400 milhões de eleitores em 28 países da União Europeia (UE) poderão ir às urnas nos próximos quatro dias.
A maioria dos eleitores votará no domingo (26). Tchecos e irlandeses comparecerão às urnas na sexta-feira (24), enquanto no sábado (25) será a vez de letões, malteses e eslovacos. Os resultados serão divulgados oficialmente apenas a partir de domingo à noite, após o final da votação em todos os países da UE.
O Parlamento é a única entidade da União Europeia para a qual os representantes são eleitos diretamente, e os países têm autonomia para decidir como são escolhidos seus membros.
Serão eleitos 751 representantes para um mandato de cinco anos, que começará em julho. A nova composição do Parlamento Europeu influencia não só a formulação de políticas em Bruxelas nos próximos anos, mas também o próprio futuro do projeto da UE.
O número de vagas no Parlamento é determinado pela população de cada país: Malta, Luxemburgo e o Chipre têm as menores bancadas, com seis representantes cada; e a Alemanha, a maior, tem 96.
Avanço eurocético
Tradicionalmente, grupos pró-União Europeia dominam o Parlamento, mas há a expectativa de que populistas de direita e políticos contrários a uma maior integração no bloco- também conhecidos como eurocéticos- ganhem espaço.
Nas eleições de 2009, somados, esses grupos tinham 11% das cadeiras. Em 2014, foram 20%. As pesquisas indicam que esses eurocéticos podem crescer e passar da barreira dos 20%.
As mais recentes sondagens mostram que, na França, o partido de Marine Le Pen (extrema-direita) supera o do presidente Emmanuel Macron. Na Itália, a Liga, do ministro Matteo Salvini, lidera com um discurso anti-UE.
O esperado aumento do apoio aos eurocéticos, porém, não deve ser registrado em todo o bloco: da Espanha à Irlanda, passando pelos países bálticos, os eleitores devem mostrar um sólido apego à integração europeia.
Assim, mesmo com o avanço eurocético, os partidos que defendem a ação coletiva em temas comuns como comércio, segurança, imigração ou mudança climática ainda devem dominar a câmara, embora com uma maioria menor.
Presença nas urnas é baixa
O voto nessa eleição não é obrigatório. Uma pesquisa do Instituto Francês de Opinião Pública apontou que cerca de 77% dos jovens afirmam que não votarão.
O comparecimento tem caído desde a primeira eleição, em 1979, quando teve participação de 62% dos eleitores. Em 2014, 42,6% dos habilitados a votar realmente o fizeram.
G1
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