A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pamela Bondi, ordenou que os promotores que cuidam do caso de Luigi Mangione, acusado de matar o CEO do grupo UnitedHealth, Brian Thompson, em Nova York, peçam a pena de morte para o jovem.
A decisão foi divulgada nesta terça-feira (1º) em um comunicado oficial do Departamento de Justiça americano.
“O assassinato de Brian Thompson por Luigi Mangione — um homem inocente e pai de duas crianças pequenas — foi um assassinato premeditado e a sangue frio que chocou a América. Após cuidadosa consideração, orientei os promotores federais a buscar a pena de morte neste caso, enquanto executamos a agenda do presidente Trump para impedir crimes violentos e tornar a América segura novamente", diz a mensagem de Bondi.
Pam Bondi foi advogada de Trump em 2019, quando o republicano enfrentou um processo de impeachment —e foi absolvido.
Relembre o caso
Mangione foi preso na Pensilvânia, após cinco dias de buscas das autoridades, enquanto comia um lanche.
Ele se declara inocente das acusações de assassinato e terrorismo que enfrenta e, atualmente, está detido em uma penitenciária federal no Brooklyn, em Nova York.
Mangione compareceu a uma audiência judicial em Nova York no dia 21 de janeiro. Na ocasião, a advogada dele afirmou que pediria a anulação das evidências coletadas durante sua prisão em dezembro.
Karen Agnifilo afirmou que Mangione foi revistado ilegalmente no dia de sua prisão e que o procedimento teve "sérios problemas".
A audiência pela qual Mangione passou foi breve e se concentrou principalmente no andamento das investigações pelos promotores e na entrega de evidências à defesa do acusado.
Mangione foi fotografado no tribunal com as mãos e os pés algemados. Do lado de fora da corte, várias pessoas se reuniram para demonstrar apoio a ele.
Quem é Luigi Mangione?
Luigi Mangione tem 26 anos e nasceu no estado de Maryland. Segundo a imprensa norte-americana, durante a adolescência, ele foi um dos melhores alunos da turma e estudou em um colégio de elite de Baltimore.
Mais tarde, Mangione entrou na Penn State University, onde cursou ciência da computação, com foco em inteligência artificial. A instituição está entre as melhores universidades particulares dos Estados Unidos.
Em suas redes sociais, Mangione mostrava apreço pelo manifesto de Ted Kaczynski (1942-2023), o "Unabomber", um dos mais famosos serial-killers dos EUA. Ele também criticava, pelas redes sociais, o uso de smartphones por crianças.
Segundo a polícia, o último registro de Mangione antes da prisão apontava que ele estava morando em Honolulu, no Havaí. Amigos e pessoas que trabalharam com ele o definiram como "um cara legal" e revelaram que ficaram chocados com o crime.
Mangione também nasceu em uma família rica, que controla um império imobiliário e empresarial. Entre as propriedades dos "Mangiones" estão country clubs, casas de repouso, estações de rádio, campos de golfe, hotéis, resorts e uma fundação.
Provas contra o acusado
Segundo a polícia, Mangione foi preso com uma identidade falsa. O documento foi o mesmo usado pelo atirador para fazer check-in em um hostel de Nova York antes de Brian Thompson ser assassinado.
Além disso, os policiais encontraram com suspeito uma pistola com características semelhantes às da usada no crime. A polícia informou que acredita que a arma foi produzida em partes, a partir de uma impressora 3D.
O aspecto físico de Mangione também é muito semelhante ao do atirador que foi flagrado nas imagens de câmeras de segurança no dia em que Thompson foi morto.
Por fim, os policiais encontraram com Mangione um documento escrito à mão. O manifesto tinha cerca de três páginas e expressava a raiva do suspeito contra as empresas de seguro de saúde. Segundo a Associated Press, ele descreveu essas organizações como "parasitárias".
g1
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