Fevereiro 11, 2025

Papa Francisco critica deportações de Trump em carta e pede para fiéis 'não cederem a narrativas que discriminam'

O Papa Francisco criticou duramente a repressão à imigração do presidente Donald Trump, em uma carta aberta enviada aos bispos católicos dos Estados Unidos, nesta terça-feira (11).

O papa, que no início deste ano chamou o plano de Trump para milhões de migrantes de "vergonha", disse que era errado presumir que todos os imigrantes indocumentados eram criminosos e pediu:

"Encorajo todos os fiéis da Igreja Católica a não cederem a narrativas que discriminam e causam sofrimento desnecessário aos nossos irmãos e irmãs migrantes e refugiados".

Esta não é a primeira vez que Francisco critica as políticas de imigração de Trump. Em 2016, durante o primeiro mandato do republicano, o papa declarou que ele "não era cristão" em suas opiniões sobre o tema.

Na carta desta terça, o pontífice chamou a repressão à imigração de uma "grande crise" para os EUA e afirmou:

"O que é construído com base na força, e não na verdade sobre a igual dignidade de todo ser humano, começa mal e terminará mal".

Outros posicionamentos do papa
No dia 22 de janeiro, o Papa Francisco expressou outro posicionamento que deu o que falar. Ele pediu que a "mentalidade machista" seja "superada" dentro da Igreja e que mais cargos de responsabilidade sejam atribuídos às freiras, no dia 22 de janeiro.

Durante uma reunião com representantes da fundação americana Conrad Hilton, que luta contra a pobreza, o pontífice também falou que "a missão das irmãs é servir aos mais desfavorecidos e não ser empregadas de ninguém".

"Frequentemente se denuncia que não há freiras suficientes em cargos de responsabilidade, nas dioceses, na Cúria e nas universidades, e isso é verdade. Investiu-se pouco nisso, muito menos do que na formação do clero", afirmou o papa, lembrando que "desde o dia do Jardim do Éden, quem manda são elas".

No domingo, Francisco anunciou que uma mulher, Raffaella Petrini, irá dirigir o Governo do Estado da Cidade do Vaticano, o órgão responsável pelas funções administrativas da Santa Sé, a partir de março.

Este mês, ele também nomeou pela primeira vez na história da Igreja uma freira, Simona Brambilla, para dirigir um dos "ministérios" do Vaticano, o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, responsável pelas ordens e congregações religiosas.

Desde a eleição de Francisco em 2013, a proporção de mulheres que ocupam cargos na Santa Sé e na administração do Estado vaticano aumentou de 19,2% para 23,4%.

A Igreja tem sido criticada pelo papel das freiras empregadas no Vaticano e em outros lugares do mundo, já que frequentemente cozinham e realizam serviços de limpeza para sacerdotes, bispos e cardeais.

g1
Portal Santo André em Foco

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