A duas semanas da posse, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (7) que vai mudar o nome do Golfo do México para "Golfo da América". Durante coletiva em Mar-a-Lago, o republicano não descartou o uso militar para tomar o controle do Canal do Panamá ou da Groenlândia.
"Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para 'Golfo da América', que nome bonito. É apropriado porque o México tem um déficit enorme com a gente, e nós fazemos todo o trabalho lá", afirmou Trump. "América" é o jeito como os norte-americanos se referem aos EUA.
Ainda não está claro o que Trump pretende com a fala nem como ocorreria a mudança de nome. Também não ficou claro se a medida seria uma referência ao controle da região.
O Golfo do México é o maior golfo do mundo, sendo cercado por terras da América do Norte e da América Central. A região tem uma superfície de aproximadamente 1,55 milhão km², e seu subsolo é rico em petróleo. Além dos EUA, o golfo banha diversos países da América Latina e do Sul.
O republicano reiterou que aplicará "tarifas pesadas" para o México e o Canadá, alegando ser para compensar pelo alto fluxo de drogas entrando nos EUA.
Trump voltou a falar sobre o Canal do Panamá, o qual ele já disse ter a intenção de tomar o controle durante seu governo. O canal é atualmente controlado pelo governo do Panamá, mas foi dos EUA até 1999.
"O Canal do Panamá foi construído para o Exército dos EUA. Ele é vital ao nosso país e está sendo operado pela China, e estão fazendo uma catástrofe. Dar o canal do Panamá ao Panamá foi um grande erro", afirmou Trump. Não há evidências de que a China controle o Canal do Panamá.
Ao ser questionado se ele conseguiria controle do Canal do Panamá e da Groenlândia sem o uso de força militar ou coerção econômica, Trump respondeu: "Não posso garantir nada sobre ambos. Mas posso dizer isso, precisamos deles para a segurança econômica".
Trump ameaçou mais de uma vez o Hamas, dizendo que "vai abrir as portas do inferno no Oriente Médio" caso os reféns israelenses mantidos pelo grupo terrorista em Gaza não tenham sido libertados até ele assumir o cargo, em 20 de janeiro. Ele já havia utilizado a expressão "all hell to pay", que pode ser traduzida como "haverá um sério problema" ou "vão pagar caro".
"Se os reféns não estiverem de volta até o momento em que eu assumir o cargo, o inferno irá se desencadear no Oriente Médio, e isso não será bom para o Hamas e, francamente, não será bom para ninguém", disse o republicano.
O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse nesta terça estar "muito esperançoso" por boas notícias sobre os reféns até a posse de Trump.
Durante a coletiva, Trump voltou a criticar o presidente Joe Biden. Afirmou que o democrata "não sabe fazer nada" e que a guerra da Ucrânia não teria ocorrido se ele fosse presidente. O republicano acrescentou que o conflito tem a possibilidade de escalar.
Trump também mencionou outros tópicos geopolíticos durante sua coletiva. Veja alguns abaixo:
g1
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