"Todos com idade entre 16 anos e 70 anos podem ser convocados para defender o país". "No caso de uma guerra, você deve ter suprimentos para pelo menos uma semana".
As frases podem parecer um aviso de países em guerra, como a Rússia ou Israel, a seus cidadãos. Mas trata-se de uma série de de instruções feitas pelo governo da Suécia aos moradores do país nórdico, que até dois anos atrás tinha por princípio o não envolvimento em guerras.
Nesta semana, a Suécia lançou uma espécie de cartilha para a guerra que, em um prazo de até duas semanas, chegará pelos correios a absolutamente todas as residências do país. As instruções também foram condensadas em um vídeo (veja acima), que começou a divulgar esta semana.
Nele, o governo:
"Prepare-se agora", alerta o vídeo.
Apesar de não estarem envolvidos direta ou indiretamente em nenhum conflito, a Suécia, assim como os outros países nórdicos, temem uma ameaça crescente vindo de um vizinho barulhento: a Rússia, que faz fronteira com a Finlândia e a Noruega e fica perto do território sueco.
A proximidade fez com a que a Suécia abandonasse décadas de tradição de neutralidade — um princípio diplomático que determina que o país não se envolverá em guerras e não tomará partido em qualquer conflito — e passasse a integrar, no ano passado, a Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
A aliança, liderada pelos EUA, é considerada pela Rússia seu principal rival no atual xadrez geopolítico mundial. O Kremlin também já fez diversas ameaças aos países nórdicos caso eles passassem a fazer parte do bloco.
g1
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