Novembro 22, 2024

Sobe para 205 número de mortes na maior enchente do século na Espanha

O número de mortos por causa da enchente histórica na Espanha chegou a 205, segundo informou o governo local nesta sexta-feira (1). Só em Valência, a terceira maior cidade do país, são 202 mortos. As outras três pessoas morreram nos estados vizinhos de Castilla-La Mancha e Andaluzia.

O número de mortos deve aumentar, porque ainda há dezenas de desaparecidos, segundo as autoridades espanholas. E o ministro dos Transportes espanhol afirmou que muitas pessoas ficaram presas dentro de carros.

Com danos que lembram um forte furacão ou tsunami, as enchentes que atingiram a região de Valência nesta semana, derivadas de uma tempestade que durou oito horas, foram as piores já registradas neste século, segundo a Agência Estatal de Meteorologia espanhola (Aemet).

O número de mortos por causa da enchente histórica na Espanha chegou a 205, segundo informou o governo local nesta sexta-feira (1). Só em Valência, a terceira maior cidade do país, são 202 mortos. As outras três pessoas morreram nos estados vizinhos de Castilla-La Mancha e Andaluzia.

O número de mortos deve aumentar, porque ainda há dezenas de desaparecidos, segundo as autoridades espanholas. E o ministro dos Transportes espanhol afirmou que muitas pessoas ficaram presas dentro de carros.

Com danos que lembram um forte furacão ou tsunami, as enchentes que atingiram a região de Valência nesta semana, derivadas de uma tempestade que durou oito horas, foram as piores já registradas neste século, segundo a Agência Estatal de Meteorologia espanhola (Aemet).

Moradores locais relataram que muitas pessoas saíram de casa no início da tempestade para tirar seus carros de garagens no subsolo de prédios, mas acabaram supreendidos pela enchente.

A costa mediterrânea da Espanha, onde a cidade de Valência está localizada, está acostumada a tempestades de outono que podem causar enchentes, mas esta foi a mais poderosa a atingir a região neste século.

Cientistas relacionam o evento às mudanças climáticas, que aumentaram a temperatura do mar Mediterrâneo.

A enchente foi considerada pelo governo da Espanha o pior desastre do século 21 no país. Em apenas oito horas, choveu o esperado para o ano inteiro na região afetada.

O ministro dos Transportes e da Mobilidade espanhol, Óscar Puente, disse que cerca de 80 km de rodovias no leste do país estão seriamente danificadas ou bloqueadas, muitas delas por carros abandonados.

As enchentes, provocadas por chuvas torrenciais, deixaram um rastro de destruição, e exigiram esforços de resgate para atender a população afetada em diversos municípios no leste do país. A força das águas arrastou carros e transformou ruas de vilarejos em rios. Veículos destruídos ficaram empilhados, fios de energia caíram e móveis domésticos ficaram atolados em uma camada de lama pelas ruas.

Uma ponte foi derrubada pela força da correnteza de um rio em Picanya, e uma mulher foi resgatada de helicóptero com um cachorro no colo e a água batendo em seu pescoço em Utiel, a oeste da cidade de Valência.

Um bebê e uma idosa foram resgatados da enchente por helicóptero nos municípios de Alzira, ao sul do estado, e Catarroja, ao sul da região metropolitana de Valência, respectivamente.

Queixas de demora no envio de alertas
Passada a calamidade inicial, o governo da Espanha vem sendo alvo de uma onda de críticas sobre a demora no envio de alertas pela enchente.

Moradores locais relataram que esse alerta só foi enviado por volta das 20h no horário local, quando a água já arrastava carros por ruas da cidade.

Em declaração na quinta-feira, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que a tempestade ainda não acabou, pediu para as pessoas não saírem de casa e para ouvirem as recomendações dos serviços de emergência.

Soldados ajudam nos resgates
Com danos que lembram um forte furacão ou tsunami, as tempestades e enchentes que atingiram a região de Valência nesta semana são as piores registradas neste século, segundo a Aemet. A agência disse ainda que o impacto foi maior que as enchentes de 2019 e comparável aos dois grandes temporais dos anos 1980: a chamada enchente de Tous, em 1982, e outro em 1987.

Mais de mil soldados das unidades de resgate de emergência da Espanha se juntaram aos trabalhadores de emergência regionais e locais na busca por corpos e sobreviventes.

A ministra da Defesa, Margarita Robles, disse que somente os soldados já haviam recuperado 22 corpos e resgatado 110 pessoas até a noite de quarta-feira. Até a noite de quarta-feira, autoridades regionais disseram ter resgatado com helicóptero cerca de 70 pessoas presas em telhados e nas casas.

Diversas campanhas de doação para ajuda aos desabrigados estão sendo organizadas na Espanha. O clube Real Madrid anunciou a doação de 1 milhão de euros para os afetados.

As enchentes começaram após chuvas torrenciais que atingiram a região de Valência na terça-feira (29).

As tempestades levaram as autoridades nas áreas mais atingidas a aconselhar os cidadãos a ficarem em casa. O presidente regional do leste de Valência, Carlos Mazón, disse nesta quarta que algumas pessoas permaneciam isoladas pelas enchentes.

“Se os [serviços de emergência] não chegaram, não é por falta de recursos ou disposição, mas por um problema de acesso,” disse Mazón, acrescentando que alcançar certas áreas era “absolutamente impossível.”

O serviço meteorológico das regiões de Valência e da Catalunha emitiu alertas vermelhos para tempestades com ventos fortes e granizo.

Vídeos compartilhados nas redes sociais durante a noite mostraram pessoas presas pelas águas da enchente e outras em árvores para evitar serem levadas pela correnteza.

g1
Portal Santo André em Foco

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